07/05/2024 às 12h31min - Atualizada em 07/05/2024 às 12h31min

Parentalidade Positiva: Cuidando da Saúde Mental Materna

Foto: Freepik
Escrito por Ana Paula Alves, Educadora parental e Psicopedagoga

Na era da informação e da busca por uma criação mais consciente, a parentalidade positiva emerge como um conceito transformador, não apenas na educação dos filhos, mas também na preservação da saúde mental materna. Recentemente, uma nova lei foi sancionada, a Lei nº 14.826/2024, definindo a parentalidade positiva como um processo parental que prioriza o respeito, o acolhimento e a não violência na relação com os filhos.

Na jornada da maternidade, as mães se deparam com uma série de desafios e pressões que podem exercer um impacto significativo em seu bem-estar emocional. A constante cobrança por alcançar um padrão ideal de maternidade, muitas vezes alimentada por expectativas irreais da sociedade e até mesmo por comparações com outras mães, pode gerar um sentimento de inadequação e frustração. Além disso, a sobrecarga de responsabilidades associadas ao cuidado dos filhos, da casa, do trabalho e de outras áreas da vida pode deixar as mães exaustas e sobrecarregadas, sem tempo ou energia para cuidar de si mesmas.

Os sentimento de culpa também são comuns, especialmente quando as mães se veem incapazes de atender a todas as demandas e expectativas que lhes são impostas, seja por questões profissionais, familiares ou pessoais. Esses desafios podem criar um ciclo negativo de estresse e ansiedade, afetando negativamente a saúde mental das mães e comprometendo sua capacidade de desfrutar plenamente da experiência da maternidade.

Neste contexto desafiador da maternidade, a parentalidade positiva emerge como uma ferramenta poderosa para promover o bem-estar emocional das mães. Ao adotar uma abordagem fundamentada no respeito mútuo, na comunicação aberta e na aceitação das emoções, as mães encontram um ambiente propício para cuidar de sua saúde mental. A parentalidade positiva não apenas reduz a pressão por alcançar padrões irreais de perfeição, tanto para as mães quanto para as crianças, mas também enfatiza a importância de reconhecer e valorizar a singularidade de cada indivíduo.

Ao compreender melhor o desenvolvimento infantil e as necessidades emocionais de seus filhos, as mães podem sentir-se mais confiantes em suas habilidades parentais e menos sobrecarregadas pela ansiedade e culpa. Além disso, ao cultivar um ambiente familiar baseado no respeito mútuo e na empatia, as mães fortalecem os vínculos familiares e promovem um ambiente mais harmonioso e saudável para todos os membros da família. Em última análise, a parentalidade positiva não apenas beneficia a saúde mental das mães, mas também contribui para o desenvolvimento emocional e comportamental saudável das crianças, criando um ciclo positivo de bem-estar familiar.

Diante desse cenário, é crucial promover o autocuidado materno como parte integrante da parentalidade positiva. Isso envolve reconhecer e respeitar os próprios limites, buscar apoio emocional quando necessário e priorizar atividades que promovam o bem-estar físico e emocional, como o exercício físico, a meditação e o tempo para hobbies pessoais.

Além disso, a nova lei também destaca a importância do brincar livre de intimidação ou discriminação para o desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes. Ao garantir um ambiente seguro e acolhedor para que seus filhos possam explorar, criar e interagir, as mães não apenas promovem o bem-estar de suas crianças, mas também fortalecem o vínculo afetivo e a relação de confiança mútua.
 
Em resumo, a parentalidade positiva não se trata apenas de criar crianças felizes e saudáveis, mas também de cultivar mães equilibradas e conscientes de sua própria saúde mental. Ao adotar uma abordagem baseada no respeito, na empatia e na valorização do autocuidado, as mães podem transformar a jornada da maternidade em uma experiência mais gratificante e significativa para si mesmas e para suas famílias.

Sobre Ana Paula Alves
Casada há 23 anos, dois filhos, mãe atípica, Palestrante, Escritora e Empresária fundadora da Empresa SERMEP - Ser mais Educação Parental - é uma empresa dedicada à capacitação profissional de educadores parentais, no Brasil e no Exterior. Seu escopo abrange a capacitação inicial até atividades avançadas de pesquisa por meio de iniciação científica, proporcionando a apresentação de trabalhos em congressos e a publicação em sua própria revista especializada. O foco do SERMEP também se estende à promoção de intercâmbios entre empresas e profissionais, visando a troca de conhecimentos e experiências e avanço da atividade.

Além disso, o SERMEP destaca-se por sua atuação na elaboração de projetos e programas específicos para a atividade da Educação Parental. Seu compromisso com a excelência reflete-se em parcerias estratégicas com empresas renomadas no mercado da educação parental, fortalecendo ainda mais seu papel como referência na capacitação e promoção do avanço no campo da parentalidade consciente.







 

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