30/04/2024 às 13h57min - Atualizada em 30/04/2024 às 13h57min

Campus São Roque do Instituto Federal entra na quarta semana de greve

Entre as reivindicações, grevistas exigem do governo federal a recomposição do orçamento das universidades e institutos, além de reajuste salarial

Foto: Divulgação
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) informou que, desde o dia 8 de abril, o Campus São Roque paralisou parte substancial de suas atividades regulares. Apenas alguns serviços essenciais estão em funcionamento.
 
O Campus São Roque juntou-se às 500 unidades da Rede Federal de Educação Profissional, Técnico e Tecnológica e Universidades Federais que, a partir de 11 de março, iniciaram o movimento paredista para pressionar o governo federal a atender as pautas de reivindicação. Os grevistas exigem do governo: 1. Recomposição do orçamento das Universidades e Institutos Federais; 2. Reajuste salarial devido às perdas nos últimos anos; 3. Reestruturação das carreiras; e 4. Revogação de medidas dos últimos governos.
 
Segundo o Instituto, depois disso, o governo federal assinou o aumento no valor dos auxílios alimentação, saúde e creche. Porém, de acordo com o comando local de greve do IF, a proposta de reajuste e reestruturação apresentada no último dia 19 frustrou os servidores, que, durante a última semana, avaliou e a rejeitou.
”Foram mais de 100 assembleias Brasil afora, nas quais técnico-administrativos e docentes falaram não para a proposta e exigiram uma nova rodada de negociação. Diante disso, a greve nas Instituições Federais de Ensino continua”, disse.
 
No dia 19 de abril, o governo federal apresentou basicamente a mesma proposta para as duas categorias, técnico-administrativos e docentes: 0% para 2024, 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026. As mudanças na carreira sugeridas, segundo o comando local de greve, são mínimas, não atendendo em quase nada as solicitações das entidades representativas.
 
Os grevistas exigem um reajuste salarial de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06% (2024, 2025 e 2026) para docentes; e 34,32% dividido em três parcelas iguais de 10,34% (2024, 2025 e 2026) para os técnico-administrativos, além de alterações significativas nas duas carreiras, para estas tornarem-se atrativas.
 
Recomposição do orçamento
Atualmente os Institutos Federais possuem 40% a mais de estudantes do que em 2015, porém, o orçamento é o mesmo daquele ano, inviabilizando o aumento de recursos destinados à assistência estudantil, ao bandejão (pouquíssimos campus do IFSP têm esse serviço), aos insumos para pesquisa e à manutenção da estrutura predial. Diante da pressão do movimento grevista, o governo federal sinalizou a liberação emergencial de mais de 250 milhões de reais para Institutos e Universidades Federais. “Esse valor, porém, não cobre nem 5% das perdas dos últimos anos. No dia 6 de maio, está agendada uma reunião para discutir essa e outras pautas”, informou o IF.
 
Atividades no Campus São Roque
Toda semana, desde o início da greve, o Campus São Roque tem realizado atividades diversas junto à comunidade interna, com destaque para as atividades esportivas, culturais, pedagógicas, acadêmicas e ético-políticas. Também tem promovido assembleias semanais, nas quais se discute o orçamento das Instituições Federais de Ensino e as propostas do governo.

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