28/02/2024 às 13h34min - Atualizada em 28/02/2024 às 13h34min

“AQUELE FIO DE CABELO COMPRIDO...”

Foto: Freepik
Por Dra Priscilla Pereira, Dermatologista
 
Quem não se lembra do refrão “aquele fio de cabelo comprido, já esteve grudado em nosso suor”? Clássico da música regional brasileira, composta por Darci Rossi e Marciano, da antiga dupla com João Mineiro, em 1982 -, e que fez muito sucesso com a dupla Chitãozinho e Xororó.
 
Como você imagina a mulher da música? Será que ela sofria de queda de cabelo? Quando é assim, a pessoa até evita se pentear, o ralo da pia fica cheio de fios... Se você sofre com isso, saiba que não está sozinho, sozinha. Cabelo mexe demais com a autoestima de homens e mulheres, é parte da nossa identidade, como bem nos lembra a canção citada.
 
A curiosidade é que o termo Alopecia (termo técnico) provém do grego Alopexia, de Alópex, raposa, através do latim Alopecia. "A raposa apresenta com frequência queda de pelos, como um fenômeno natural ou em decorrência de enfermidade, o que é mais comum em animais velhos”. Mas será que é mesmo assim?
 
Então, vamos começar a investigar mais a fundo os fatores da queda dos fios. Já adianto que há muita tecnologia e inovação hoje em dia, que podem atuar de forma bem assertiva, trazendo excelentes resultados - desde tratamentos até o transplante capilar. 
 
Entretanto, primeiro a se entender: queda de cabelo não é tudo igual e pode acontecer por diversos fatores, em homens e mulheres.E eu costumo dizer que esta queda de cabelo indica que algo não vai muito bem em nosso organismo e nosso cabelo está nos avisando disso.
 
O primeiro passo é investigar, principalmente nos últimos seis meses, o que pode ter acontecido neste organismo, que desencadeou esta queda.  A saúde toda agradece.
 
Investigação da Alopecia, COVID, Dengue, Cirurgias: Por vezes a pessoa passou por uma cirurgia... A própria anestesia ou medicações podem levar à queda e evolução de algumas Alopecias.
 
Infecções, principalmente se a infecção tiver febre. Tive muito relatos na pandemia e pós-pandemia, com a questão da queda relacionada à COVID.
 
Mas não só a COVID que leva à queda. Outros vírus e também infecções bacterianas podem levar ao quadro. Dengue ou até uma simples infecção na garganta ou mesmo quadros mais sérios, como uma infecção renal, “derrubam” os fios.
 
Estresse e mudança de hábitos, como o da alimentação, também são fatores que afetam a saúde das madeixas. Dietas restritivas ou emagrecimento acentuado, além do alcoolismo ou tabagismo. Há muitos fatores a serem investigados por um bom profissional.
 
Tratamento, aquela “vitamina por conta”: Ao primeiro sinal de queda de cabelo, nada de soluções caseiras e aparentemente inofensivas como “tomar vitamina por conta”; pois se o problema não for por deficiência de vitamina, a pessoa estará jogando dinheiro fora e até comprometendo a saúde.
 
Outro ponto a ser considerado é que quando o organismo sofre uma agressão (uma infecção por exemplo), a queda de cabelo só vai ocorrer de três a seis meses depois, por conta do ciclo capilar: o cabelo tem uma fase em que ele está crescendo, uma fase do amadurecimento e uma fase de queda.
 
E quando acontece em nosso organismo algum fator que desencadeia o processo de queda (uma febre por exemplo), esta agressão coloca o fio de cabelo para a fase Telógena. O termo é Eflúgio Telógeno (o cabelo migra para a fase de queda).
 
Então, a pessoa entra na queda de forma intensa, até mesmo desesperadora e não consegue relacionar ao que desencadeou esta queda.
 
Partindo da causa... Vamos verificar se é só o Eflúvio Telógeno, ou seja, atacando a causa a gente já estabiliza os efeitos indesejáveis, ou se tem por traz um outro tipo de Alopecia, por exemplo, Alopecia Androgenética (Calvície), a Alopecia Areata, condição inflamatória que muitas vezes é autoimune ou Alopecia Cicatricial.
 
A Tricoscopia é o exame realizado para detectar a raiz do problema (sem trocadilhos!).
 
Vale lembrar também que assim como acontece com a pele, nosso cabelo também envelhece e é influenciado por muitos fatores como queda hormonal, doenças sistêmicas e produtos químicos.
 
Hoje, como disse, há muitos avanços tecnológicos disponíveis na Tricologia – área da Dermatologia que se debruça sobre a saúde das madeixas, que acompanham esta demanda cada vez mais exigente, que quer viver a plenitude da vida, com a aparência em dia.
 
Quem ama a música Fio de Cabelo? Mas, nada de sofrência hein? Vamos resolver esta queda!
 
Sobre a Dra Priscilla Pereira: A Médica Dermatologista Priscilla Pereira (CRM 147255, RQE 50593) é de Juiz de Fora (MG). Mora em São Roque e atende em consultórios nas cidades de São Roque e Ibiúna. Atua em São Paulo, capital, para a realização de Transplantes Capilares. Médica formada na ‘Universidade Federal de Juiz de Fora’. Fez Residência Médica em Dermatologia pela ‘Universidade de Mogi das Cruzes’. Especialização em Tricologia, Cosmiatria e Laser pela ‘Universidade de Mogi das Cruzes’. Transplante Capilar ‘Barcelona Hair Clinic’. Especialista em Dermatologia pela ‘Sociedade Brasileira de Dermatologia’. É membro titular da ‘Sociedade Brasileira de Dermatologia’.


 
@drapriscilla_dermatologista
Agendamentos por WhatsApp: (11) 97834-5269

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