Moradores reclamam de frequentadores de comércio local em São Roque

Segundo os munícipes, durante a noite frequentadores do estabelecimento localizado na Rua Bento Antônio Pereira fazem muito barulho, invadem as calçadas e dificultam o acesso dos moradores às suas respectivas garagens

Fotos: Carlos Mello

Moradores da Rua Bento Antônio Pereira reclamam do barulho excessivo provocado por pessoas que frequentam um comércio localizado na via, em São Roque.

Além do barulho, segundo os munícipes, durante a noite frequentadores do estabelecimento invadem as calçadas e dificultam o acesso dos moradores às suas respectivas garagens. “É complicado, porque a Prefeitura não toma qualquer providência e não foi por falta de cobrança”, afirmou um morador.

Em entrevista ao Jornal da Economia, o munícipe da rua, Gabriele Di Giulio, fala sobre os problemas que surgiram no local desde a abertura do comércio, que aconteceu há praticamente 2 anos.

“A partir de toda quinta-feira, depois das 22h, temos aqui um público terrível, que compra as bebidas no estabelecimento e fica todo concentrado na rua. Ao invés de ficarem todos dentro do comércio, que não tem espaço suficiente, ficam na rua bebendo, gritando, fazendo xixi em via pública, algazarra e, desde então, acabou o sossego dos moradores. Já acionamos o prefeito, os fiscais, a Guarda Municipal, a Polícia Militar e nada foi feito. É uma rua praticamente de idosos, eu vivo aqui há mais de 50 anos, então acredito que a liberdade de uma pessoa vai até o ponto onde inicia a liberdade de outra, e isso não pode ser ultrapassado”, afirmou ele.

Além de Gabriele, na ocasião a advogada Dra. Rosana Altafin falou sobre a Lei do Silêncio, promulgada em São Roque no final do ano passado.

“A Lei Nº 5.742/23, recentemente promulgada pelo prefeito no dia 27 de novembro de 2023, aborda as adegas e os funcionamentos delas. Em um trecho ela diz ‘não molestar à vizinhança ruídos e perturbações’. O funcionamento deste local não está em legalidade. Esse comércio em questão, que fica numa rua pacata na região central da cidade, está atormentando a vida dos moradores próximos, porque os frequentadores do estabelecimento não têm uma postura amistosa e de boa vizinhança”, destacou.

O JE questionou a Prefeitura de São Roque se houve fiscalização no estabelecimento e se a administração pretende tomar providências sobre a demanda apresentada por moradores.

Em resposta, o governo são-roquense informou que suas equipes de Fiscalização seguem realizando averiguações em toda a cidade e, se observado quaisquer infrações as leis municipais, realiza as autuações pertinentes a cada caso. Confira a nota na íntegra a seguir.

“O estabelecimento em questão, assim como outros, está entre os pontos monitorados regularmente pelos agentes de fiscalização, e já chegou a ser autuado após confirmação de infrações constatadas no local, através do uso de decibelímetro.

As ações de monitoramento regulares continuarão sendo realizadas na cidade, numa iniciativa que também conta com a colaboração da Guarda Civil Municipal”.