16/11/2023 às 20h38min - Atualizada em 16/11/2023 às 20h38min

Otimização ou eliminação: A arte da tomada de decisões na Engenharia

Foto: Divulgação
“Possivelmente o erro mais comum de um engenheiro inteligente é otimizar algo que não deveria existir” - Elon Musk

A frase traz uma reflexão profunda sobre a essência da engenharia e do processo de tomada de decisões.

A engenharia, em sua essência, é a arte de resolver problemas. No entanto, antes de se embarcar na jornada de resolução de um problema, é crucial entender se o problema em questão realmente precisa ser resolvido. Muitas vezes, os profissionais, em sua busca por eficiência e perfeição, podem se encontrar otimizando processos, sistemas ou produtos que não agregam valor significativo. Isso pode levar a um desperdício de recursos valiosos, como tempo, dinheiro e energia.

A frase sugere que o profissional deve primeiro questionar a existência e a relevância de um problema antes de tentar resolvê-lo. Isso envolve uma compreensão clara do problema, seu impacto e as implicações de sua solução. Se um processo, sistema ou produto não agrega valor ou serve a um propósito significativo, então talvez a melhor solução seja eliminá-lo, em vez de otimizá-lo.

Otimizar ou eliminar tarefas? Essa é uma questão que muitas pessoas enfrentam no seu dia a dia, seja no trabalho, nos estudos ou na vida pessoal. Como lidar com a sobrecarga de atividades que demandam tempo, energia e atenção?

Uma possível resposta é buscar formas de otimizar as tarefas, realizando as mesmas atividades de forma mais rápida, eficiente e produtiva. Isso pode envolver o uso de ferramentas, técnicas ou estratégias que auxiliem na organização, planejamento e execução das tarefas. Por exemplo, usar um aplicativo de gerenciamento de projetos, aplicar o método Pomodoro, delegar responsabilidades, priorizar as tarefas mais importantes, etc.

Outra possível resposta é eliminar as tarefas, descartando as atividades que não são essenciais, relevantes ou satisfatórias. Isso pode envolver o questionamento, a análise e a seleção das tarefas que realmente valem a pena ser feitas. Por exemplo, eliminar as tarefas que não estão alinhadas com os objetivos, valores ou propósitos pessoais ou profissionais, dizer não para as demandas excessivas ou desnecessárias, reduzir o tempo gasto com distrações, procrastinação ou perfeccionismo, etc.

Ambas as respostas têm seus prós e contras, e podem ser aplicadas de acordo com a situação e o contexto de cada pessoa. O importante é buscar um equilíbrio entre a quantidade e a qualidade das tarefas, de forma a otimizar o desempenho, a produtividade e o bem-estar.

De um modo geral, a vida é uma jornada de altos e baixos, cheia de escolhas que moldam nosso caminho. Em cada passo, somos confrontados com o bom e o ruim, o doce e o amargo, o fácil e o difícil. Mas, como navegamos por essas águas turbulentas? A resposta é simples: “Dobre o que for bom, elimine o que for ruim”.

Dobre o que for bom. Aprecie as coisas boas da vida, não importa quão pequenas sejam. Seja a risada de uma criança, o calor do sol em sua pele, o sabor do seu prato favorito ou o amor de um ente querido. Esses são os momentos que trazem alegria e significado para nossas vidas. Portanto, quando encontrar algo bom, abrace-o. Dobre-o. Deixe que se multiplique e preencha sua vida com positividade.

Por outro lado, elimine o que for ruim. Todos nós enfrentamos adversidades e desafios. Eles podem vir na forma de pessoas tóxicas, hábitos ruins, pensamentos negativos ou situações difíceis. Embora possamos não ter controle sobre todas as circunstâncias, temos o poder de escolher como reagir a elas. Podemos decidir eliminar o que é ruim de nossas vidas. Isso não significa ignorar os problemas, mas sim enfrentá-los de frente, aprender com eles e, em seguida, deixá-los ir.

“Dobre o que for bom, elimine o que for ruim” é mais do que apenas um mantra. É uma filosofia de vida que nos encoraja a viver de forma autêntica e consciente. Ao dobrar o bom e eliminar o ruim, podemos criar uma vida de alegria, propósito e paz. E, no final das contas, isso é tudo o que realmente importa."

Portanto, a reflexão final seria que a verdadeira inteligência na engenharia não reside apenas na capacidade de resolver problemas, mas também na habilidade de identificar quais problemas valem a pena ser resolvidos. Isso, por sua vez, leva a soluções mais eficazes e eficientes que agregam valor real.

 

AUTORES

Cássio Eduardo Giroldo

Químico Industrial, MBA em Engenharia de Produção, Lean Six Sigma Master Black Belt. Atua como Gerente de Operações na indústria de selantes e adesivos, Bestseal. Com 20 anos de atuação, tem sólida experiência em segmentos da indústria química, alimentícia e farmoquímica em empresas multinacionais como Cargill, Nissin Foods, Roquette, atuando nas áreas de Qualidade e Melhoria Contínua. Hoje faz um amplo trabalho nas áreas de desenvolvimento e certificações de processos e atua em conjunto com grupos de trabalho em associações e institutos de normas técnicas.

 

Eric Sola da Silva

Engenheiro Industrial, MBA e Lean Six Sigma Black Beltpela Pennsylvania State University Atua como Engenheiro Sênior de Vendas na Lenovo, EUA. Com 25 anos de experiência em diversas indústrias e tendo trabalhado para empresas multinacionais como Flextronics e DSV Panalpina, ele possui ampla experiência na implementação de projetos e modelos de melhoria contínua, como Manufatura Enxuta (Lean Manufacturing), Six Sigma e o Modelo Shingo. Atualmente, ele trabalha na divisão de Cloud Computing da Lenovo, na Carolina do Norte, EUA, implementando e aprimorando processos de vendas e Supply Chain.


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