09/02/2015 às 09h27min - Atualizada em 09/02/2015 às 09h27min

Maioria aprova racionamento de energia e rodízio de água

Lucas Caparelli / com informações da Folha de São Paulo - Foto: Reprodução / Internet
Lucas Caparelli / com informações da Folha de São Paulo - Foto: Reprodução / Internet

Uma pesquisa realizada pelo Insitituto Datafolha e divulgada nesta segunda-feira, dia 09, pelo jornal Folha de S.Paulo mostra que a maioria dos moradores da Grande São Paulo e dos brasileiros em geral apoia a implantação de um rodízio de água e um racionamento de energia.

Segundo reportagem da Folha, no levantamento nacional, 65% dizem apoiar a "adoção imediata" do racionamento de energia. Já na região metropolitana de São Paulo o resultado é de que 60% são a favor de um rodízio de água.

O Datafolha foi às ruas após um janeiro de más notícias para ambos os setores. No caso da energia, de acordo com a Folha, o volume de água que chegou aos principais reservatórios do país, nas regiões Sudeste e Centro-oeste foi o menor em 84 anos. O próprio ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, já admitiu a possibilidade de um racionamento de energia.

Também foram aprovados reajustes que, em algumas cidades, praticamente dobrarão o custo da energia na comparação com 2014.

Em relação à água, a reportagem da Folha de S.Paulo conta que as chuvas sobre o Sistema Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas, atingiram em janeiro apenas 55% da média histórica do mês. No último domingo, dia 08, o sistema operava com 5,7% de sua capacidade.

O Governo do Estado de São Paulo estuda implantar um rodízio com alguns dias com água e outros sem nas áreas abastecidas pelo Cantareira.

A pesquisa do Datafolha expõe que praticamente toda a população tomou conhecimento dos problemas de energia e água e que a maior adesão às medidas restritivas está na população mais escolarizada, jovem e rica - embora tenha apoio da maioria em todas as faixas de escolaridade, idade e renda.

Entre as pessoas mais escolarizadas o apoio ao racionamento de energia chega a 77%. O rodízio de água é apoiado por 66% dos que têm curso superior e 67% dos que têm renda acima de dez salários mínimos.

A menor porcentagem de apoio vem por parte dos idosos (51%), dos que recebem até dois salários mínimos (54%) e dos que cusaram até o ensino fundamental (53%).

Responsabilidade

Cerca de 32% dos entrevistados no país apontam o governo Dilma Rousseff (PT) como principal responsável pela crise, seguido pela opção "todos" (23%) e da população (18%).

Os problemas de água, ainda segundo a reportagem da Folha, são atribuidos ao governo Geraldo Alckmin por 37% dos entrevistados no Estado. Outros 22% afirmam que "todos" são responsáveis, 20% atribuem a questão à população, e 9% ao governo federal.  


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