Polícia investiga denúncia de estupro de paciente contra médico em São Roque

A Polícia Civil está investigando uma denúncia de estupro feita por uma paciente contra um cirurgião plástico de São Roque. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e os envolvidos já foram ouvidos.

No boletim de ocorrência registrado pela vítima, no qual o Jornal da Economia teve acesso, o homem teria passado a mão nas partes íntimas e nos seios dela, além de ter encostado o pênis em sua mão.

"Eu me recuperava de uma cirurgia feita com esse médico e retornei ao consultório para que ele visse o curativo. O cirurgião então começou a apalpar meus seios e a encostar em minhas partes íntimas, sendo que o procedimento que eu havia feito não era nessas partes do corpo. Fiquei muito nervosa", afirmou.

Ela ainda alega que o abuso se repetiu em um segundo retorno pós-cirúrgico e que, após isso, resolveu ir até a DDM e registrar queixa. "Me sinto horrível, violada. Isso não pode acontecer com outras mulheres", disse.

A SSP informou que espera o resultado de um laudo pericial para dar prosseguimento à investigação. Segundo o Portal G1, que entrou em contato com o Conselho Regional Medicina Estado São Paulo (Cremesp), o órgão afirmou que não foi notificado a respeito do caso até o momento.

Destacou também que o registro do cirurgião citado na denúncia está ativo e que "de acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina, o médico pode atuar em qualquer área da medicina, independentemente do registro de sua especialidade, garantindo assim sua autonomia e sendo responsável pelas condutas tomadas no exercício profissional".

A reportagem também procurou a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), porque o cadastro do profissional no banco de dados está como "médico aspirante". Por meio de nota, a instituição disse que ele ainda não tem uma especialização em cirurgia plástica pela SBCP.

"A SBCP tem como missão proporcionar aperfeiçoamento contínuo aos médicos associados, porém, não possui autonomia legal para definir quais profissionais podem ou não exercer a função de médico, e qual escopo profissional podem assumir", informa a nota.

O site também tentou contato com o cirurgião várias vezes, porém não recebeu resposta.