06/04/2023 às 12h09min - Atualizada em 06/04/2023 às 12h09min

Pediatra comenta sobre uso de celulares por crianças na era da tecnologia

Confira a entrevista completa

- Foto: Carlos Mello
Da Redação: Ana Laura Gonzalez

Jornal da Economia conversou na última semana com o Dr. Alcides Erthal Ribeiro, que é médico, pediatra e um dos diretores do laboratório Precision. O profissional respondeu perguntas que muitas vezes representam dúvidas de pais ou responsáveis diante da tecnologia ou uso de celulares por crianças, da imunização e também do atual momento da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Questionado pelo jornalista Carlos Mello sobre o impacto desta era de inteligência artificial na vida das crianças, o médico destacou que, com o passar dos anos, muita coisa mudou em termos de criação e abordou as diferenças.

“Há uns 50 anos, as crianças eram criadas pela família, pelo pai, pela mãe e tinham uma estrutura familiar, então não cabe a mim fazer julgamento se hoje está certo ou errado, mas o fato é que as famílias estão diferentes. No entanto, cabe a mim ver o que está acontecendo com as crianças, que antigamente tinham uma situação de criação e hoje isso piorou muito. Há 30 anos começou o movimento de terceirização da criação de um filho, pois os pais trabalham e as crianças ficam desde cedo em creches, escolas ou com avós e parentes, então essa criança está sendo criada extra pai e mãe, o que significa que não vão puxar o pai e a mãe quando crescer. Existe a genética, mas o meio ambiente de vida, de carinho e afeto vai impactar na criação dessa criança”, disse ele.

Ainda segundo o Dr. Alcides, existe um período “mágico” dentro da pediatria que são os primeiros mil dias de vida de uma criança. “Durante esse tempo, a criança precisa receber os conteúdos afetivos importantes para o desenvolvimento dela. A partir daí, a janela de oportunidade fica aberta para receber informações, como os exemplos do que é certo e errado”, declarou o profissional.

O conceituado pediatra também falou sobre o atual momento da pandemia, sobre os efeitos da vacina e críticas de algumas autoridades. “A gente viu que houve uma melhora substancial do quadro da Covid geral aqui no Brasil. Estamos conseguindo deter bastante os casos graves, as internações, e esses casos graves são restritos a grupos de faixa etária mais elevada, acima de 80 anos, com cobertura vacinal baixa. Ela ainda está tendo algumas repercussões em outras faixas etárias, mas com a gravidade bem menor, então a gente está vivendo uma situação de ‘pseudocalmaria’. Não sabemos o que vai acontecer mais para frente, mas se tudo correr bem e com uma cobertura vacinal adequada, a expectativa é que em 1 ou 2 anos a gente saia da situação de epidemia para endemia, com a doença acometendo somente alguns locais ou grupos específicos”, ressaltou Dr. Alcides.

A entrevista completa pode ser conferida pelas nossas redes sociais, pelo nosso portal de notícias ou então pela TV JE.

O Jornal da Economia conversou na última semana com o Dr. Alcides Erthal Ribeiro, que é médico, pediatra e um dos diretores do laboratório Precision. O profissional respondeu perguntas que muitas vezes representam dúvidas de pais ou responsáveis diante da tecnologia ou uso de celulares por crianças, da imunização e também do atual momento da pandemia da Covid-19 no Brasil.

Questionado pelo jornalista Carlos Mello sobre o impacto desta era de inteligência artificial na vida das crianças, o médico destacou que, com o passar dos anos, muita coisa mudou em termos de criação e abordou as diferenças.

“Há uns 50 anos, as crianças eram criadas pela família, pelo pai, pela mãe e tinham uma estrutura familiar, então não cabe a mim fazer julgamento se hoje está certo ou errado, mas o fato é que as famílias estão diferentes. No entanto, cabe a mim ver o que está acontecendo com as crianças, que antigamente tinham uma situação de criação e hoje isso piorou muito. Há 30 anos começou o movimento de terceirização da criação de um filho, pois os pais trabalham e as crianças ficam desde cedo em creches, escolas ou com avós e parentes, então essa criança está sendo criada extra pai e mãe, o que significa que não vão puxar o pai e a mãe quando crescer. Existe a genética, mas o meio ambiente de vida, de carinho e afeto vai impactar na criação dessa criança”, disse ele.

Ainda segundo o Dr. Alcides, existe um período “mágico” dentro da pediatria que são os primeiros mil dias de vida de uma criança. “Durante esse tempo, a criança precisa receber os conteúdos afetivos importantes para o desenvolvimento dela. A partir daí, a janela de oportunidade fica aberta para receber informações, como os exemplos do que é certo e errado”, declarou o profissional.

O conceituado pediatra também falou sobre o atual momento da pandemia, sobre os efeitos da vacina e críticas de algumas autoridades. “A gente viu que houve uma melhora substancial do quadro da Covid geral aqui no Brasil. Estamos conseguindo deter bastante os casos graves, as internações, e esses casos graves são restritos a grupos de faixa etária mais elevada, acima de 80 anos, com cobertura vacinal baixa. Ela ainda está tendo algumas repercussões em outras faixas etárias, mas com a gravidade bem menor, então a gente está vivendo uma situação de ‘pseudocalmaria’. Não sabemos o que vai acontecer mais para frente, mas se tudo correr bem e com uma cobertura vacinal adequada, a expectativa é que em 1 ou 2 anos a gente saia da situação de epidemia para endemia, com a doença acometendo somente alguns locais ou grupos específicos”, ressaltou Dr. Alcides.

Confira a entrevista completa a seguir.

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