01/02/2023 às 13h05min - Atualizada em 01/02/2023 às 13h07min

Janeiro Branco: Representantes religiosos falam de saúde mental em Cotia

Na abertura, a vice-prefeita e titular dos Direitos Humanos, Cidadania e Mulher, Ângela Maluf, também falou sobre os desafios que rodeiam o tema

- Fotos: Vagner Santos

Na tarde desta terça-feira (31/01), a Prefeitura de Cotia, por meio das Secretarias dos Direitos Humanos, Cidadania e Mulher, Desenvolvimento Social e Saúde, realizou o fechamento do movimento ‘Janeiro Branco’ que aborda cuidados com a saúde mental. A programação contou com palestras de lideranças religiosas que discursaram sob a temática ‘Saúde mental na perspectiva das religiões’.

Na abertura, a vice-prefeita e titular dos Direitos Humanos, Cidadania e Mulher, Ângela Maluf, falou sobre os desafios que rodeiam o tema e sobre como ainda existem grandes barreiras a serem transpostas. “Falar de nossas dores é sempre difícil [...]. A saúde mental é um departamento sensível, não vemos a ferida e é difícil encontrar alguém que nos ouça. Acredito na palavra, no amor, na ciência e é por isso que trouxemos este elenco de pessoas sábias para falar sobre a dor humana”, disse.

Durante as palestras, os líderes religiosos falaram da contribuição que cada segmento religioso dá às pessoas: aconselhamento, acolhimento, escuta e encaminhamento para atendimento médico. “Há muito tabu, equívoco ao lidar com saúde mental. [...] Saúde mental também é nossa [da igreja] causa e as causas do desiquilíbrio, quem sabe disso é a ciência. Fé e ciência se completam”, disse o Padre Mauro Ferreira, pároco da Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrate (Matriz) e Coordenador da região Cotia.

Mãe Ofá, autoridade religiosa do candomblé Congo/Ângola, representando a Renafro, Intecab e Mulheres do Axé também deixou a sua contribuição. “Peço atenção para que as ações do ‘Janeiro Branco’ não terminem neste 31/01. [...]. Na pandemia tivemos aumento de doenças mentais e suicídios, maioria pretos e jovens, masculino, de 10 a 29 anos, segundo o Ministério da Saúde. Poder público e casas de religiões devem cuidar destas pessoas”, avaliou.

Ao fazer o uso da palavra, o Pastor Fabrício Leiva, da Igreja O Brasil para Cristo, Caucaia do Alto/Cotia, dividiu a sua experiência de vida, dependência química e como a religião o ajudou. “Saúde mental se mistura com a minha história. Tenho 26 anos de recuperação das drogas. [...] é importante o psico, o social e o espiritual para olharmos para o ser humano como um todo e termos sucesso”, disse.

O Mestre Hui Li, do Templo Zu Lai Cotia, falou sobre a experiência do budismo em relação à saúde mental. “No budismo é imprescindível cuidar da mente e a prática mais comum para isso é a meditação, que limpa e organiza a mente para nos dar capacidade de enxergarmos a vida e as coisas como são”, comentou.

Madalena Oliveira Belucci, Presidente da Associação Espírita Atitude de Amor, falou sobre saúde mental na ótica da doutrina espírita. “Temos escuta, acolhimento, esperança e motivação trazidos pela fé. Mas não substituímos a psicologia. A fala é mecanismo de auto cura, mas não substitui a ciência. Quem é atendido em nossa assistência espiritual também é orientado de que ela não dispensa a assistência médica”, afirmou.

Para encerrar, Fábio Maganha e Felipe Galdino, do Raízes Ubuntu, fizeram uma apresentação musical.

O que é Janeiro Branco?

‘O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. É, também, o nome do Instituto que coordena esse movimento. O seu objetivo é chamar a atenção dos indivíduos, das instituições, das sociedades e das autoridades para as necessidades relacionadas à Saúde Mental dos seres humanos. Uma humanidade mais saudável pressupõe respeito à condição psicológica de todos!’ – fonte www.janeirobranco.com.br.


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