10/11/2022 às 20h56min - Atualizada em 10/11/2022 às 21h52min

Familiares de mortos denunciam extorsão de empresa funerária

O caso foi exibido em reportagem na TV Band. A Funerária Arce atende os municípios de São Roque, Vargem Grande, Taboão da Serra, Itatiba e alguns bairros da capital paulista

- Fotos: Reprodução / TV Band

Uma reportagem exibida pelo programa Brasil Urgente, da TV Band, no dia 04 de novembro, denunciou uma prática de extorsão a familiares de mortos por parte da Funerária Arce, empresa que atende os municípios de São Roque, Vargem Grande Paulista, Taboão da Serra, Itatiba e alguns bairros da capital paulista.

De acordo com o programa, o caso de extorsão aconteceu em São Paulo e escancara, inclusive, um suposto acordo criminoso entre enfermeiros de hospitais particulares e funerárias, no qual esses servidores negligenciam o atendimento aos pacientes a fim de que eles tenham complicações e, posteriormente, venham a falecer, de modo que os funcionários recebam parte do dinheiro que as famílias pagam para as empresas que organizam os funerais.

“Estão captando serviços dentro dos grandes hospitais. Se você for ver hoje em São Paulo, o serviço vai fazer seis meses que não pega um funeral nessas unidades. Como é que pode uma coisa dessas? E quem é que pega? Empresas que estão trabalhando aqui de forma alternativa, aí tem pessoas fazendo captação de serviço. Isso é um negócio perigosíssimo!”, pontuou um servidor que pediu para não ser identificado.

A equipe do Brasil Urgente ainda teve acesso a duas notas de serviço, sendo uma da funerária particular Arce e outra da Prefeitura de São Paulo. Os documentos mostram que uma família pagou à empresa o valor de R$ 7.140,00, mas, ao recontratar a Prefeitura para a realização do serviço, o Grupo Arce repassou à administração a quantia de R$ 1.497,60.

No caso em questão, os familiares da pessoa falecida pagaram somente pelo caixão o valor de R$ 5.590,00 e, na nota da Prefeitura de São Paulo, a mesma urna teria o custo de R$ 720,67.

Sendo assim, a reportagem da TV Band questionou o Grupo Arce e, em resposta, uma representante da empresa informou que faria um levantamento para verificar as notas e a grande diferença de valores.

O Delegado Palumbo, em conversa com o apresentador José Luiz Datena enquanto a matéria estava sendo exibida, afirmou que abriria um inquérito no Ministério Público para investigar a situação.

O Jornal da Economia entrou em contato por e-mail na última quarta-feira (09) com o Grupo Arce e aguarda um posicionamento da empresa.


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