Comerciantes reclamam da falta de fiscalização da Zona Azul em São Roque

Comerciantes procuraram o Jornal da Economia para reclamarem da falta de fiscalização acerca da Zona Azul – sistema de estacionamento rotativo adotado nas ruas e avenidas do Brasil – em diversas vias de São Roque. Segundo o morador Lucas Bello, que é proprietário de uma loja de cosméticos na Rua Sotero de Souza, muitos carros chegam no local por volta das 09h00 e ocupam vagas até às 18h00, o que impede clientes e outros munícipes de estacionarem na região.

O comerciante ainda afirma que ultimamente não tem visto profissionais responsáveis pelo trânsito fiscalizando a situação, que atrapalha o fluxo de ocupação das vagas e, muitas vezes, prejudica as vendas de estabelecimentos nas proximidades.

“Os guardas de trânsito não aplicam multa para isso. Aqui as pessoas deixam o carro na vaga o dia inteiro enquanto trabalham e não põem Zona Azul. Eu abro a minha loja às 09h00 e, desde quando eu chego, já não tem mais lugar para estacionar. Esses mesmos veículos permanecem até às 18h00, quando o pessoal costuma sair do serviço. E as minhas clientes sempre reclamam, porque muitas vezes não conseguem fazer compras por falta de vaga, então ambos acabam tendo prejuízo por conta disso”, relatou ele.

Além de Lucas Bello, o JE conversou com outros dois empresários que também são donos de lojas no centro da cidade e pontuaram o mesmo problema. “É muito esporádico o dia em que aquelas pessoas que marcam a notificação de Zona Azul passam por lá, e isso acaba atrapalhando, principalmente em dias de chuva. O pessoal geralmente não quer sair a pé para ir até o comércio, aí nesse caso não tem vaga, porque muitas pessoas vêm trabalhar e acabam deixando ali na rua porque sabem que a fiscalização é precária”, explicou o homem, ressaltando que acredita que a situação se estende às outras ruas do município, pois raramente vê notificadores na região central.

Já o terceiro comerciante, que terá seu nome preservado por esta reportagem, declarou que apesar de fraca e não frequente, existe fiscalização no local onde trabalha. “Às vezes eles passam uma vez por mês ou mais ou menos uma vez a cada 15 dias (não muito mais do que isso), então para nós fica bem complicado porque os veículos ficam aqui o dia todo, e todos os clientes que vêm de carro e entram na loja reclamam que não tem lugar para parar”, disse ele.

Sendo assim, a nossa redação esteve circulando pela cidade na tarde desta quinta-feira (15) e não encontrou fiscais trabalhando na região central.

Diante das denúncias, o Jornal da Economia questionou a Prefeitura de São Roque sobre o caso e, em resposta, a administração municipal informou que “os agentes da Divisão de Trânsito seguem realizando ações de fiscalização em diversas partes da cidade, trabalhos que ocorrem em paralelo com as diversas outras incumbências que são executadas diariamente pela divisão, que hoje conta com um número reduzido de profissionais”.

O governo são-roquense ressalta que vem realizando investimentos com o objetivo de levar mais eficiência e abrangência no trabalho realizado pela corporação. “Em 2022, foi inaugurada a nova sede da Divisão, localizada na Vila Santa Rosália, que uniu os setores de atendimento e de sinalização da pasta num único local e que conta com a estrutura necessária para abrigar seus profissionais e veículos, além de promover conforto e agilidade no atendimento aos munícipes”.

Além disso, a Prefeitura afirmou que está sendo preparada para este ano um concurso público para a contratação de novos agentes de trânsito, ação que futuramente aumentará o efetivo da divisão, permitindo uma maior cobertura nos atos de fiscalização que acontecem na cidade.