28/07/2021 às 14h20min - Atualizada em 28/07/2021 às 14h20min

Startups: como aumentar as chances de conquistar o tão desejado capital de investidores e o Marco Legal

De acordo com a Mazars, os pilares básicos de sustentação de um modelo de negócio atraente e que irão aumentar a atratividade estão relacionados a estratégia, plano de negócios, modelos financeiros e ao pitch deck a ser apresentado aos investidores

Assessoria de Imprensa Foto: Divulgação

Na contramão da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, as startups estão cada vez mais crescendo no mundo e, principalmente, no Brasil. De acordo com o Inside Venture Capital, um relatório da Distrito (empresa de inovação), o nosso país bateu recorde no primeiro semestre deste ano em investimentos: somente nesse período já superou em 45% todo o ano de 2020 e registrou US$ 5,2 bilhões em investimentos. Diante desse exponencial crescimento de mercado, como se destacar e chamar a atenção? Para a Mazars, consultoria empresarial especializada em fusões e aquisições, alguns aspectos são fundamentais para captar recursos junto a investidores.

 

“Nos últimos anos, infelizmente, milhares de empresas fecharam as suas portas e impactaram na cadeia de empregos no Brasil. Como uma saída, empreendedores qualificados buscaram as startups e trouxeram as suas experiências e inovações para uma nova área. Os benefícios são enormes para a economia, além de servir como um grande incentivo ao mercado de capitais. Sendo assim, o acesso ao capital de investidores tornou-se vital para o racional dos modelos de negócios desenvolvidos e a geração de caixa contínua nas operações”, afirma Ricardo Maciel, sócio-diretor da prática de serviços de M&A − fusões e aquisições da Mazars.

 

O executivo apresenta as principais iniciativas que a empresa precisa fazer para conquistar investidores:

Descrição do propósito da empresa e o que o negócio

pretende resolver, com breve informações de como a tecnologia empregada se diferencia no mercado e dos seus competidores;

Descrição clara e sucinta dos produtos e serviços; Aspectos macroeconômicos – análise do tamanho da indústria ou segmento em que a empresa estará inserida e como poderá alcançar a sua participação de mercado; MVP − Produto Mínimo Viável. O produto ou serviço foi lançado e aceito? Road Map − descrição do histórico desde o início do projeto, conquistas, prêmios, patentes registradas; Forma de monetização – modelo utilizado para a geração de caixa; Mercado a ser atingido – B2C e B2B; Marketing e abordagem − funil como os “leads” serão gerados; Financeiro – apurações dos resultados em linha com a estratégia desenhada e com projeções realísticas dos benefícios econômicos a serem alcançados; Funding – descrição de como os fundos serão alocados; Milestones – descrição de pontos a serem alcançados durante o trajeto.

 

Para Maciel, é importante salientar que vivemos um momento especial no Brasil para as startups, com a sanção, em 1º de junho deste ano, do Marco Legal das Startups. “A lei trouxe substância de incentivo da parte do empreendedorismo voltada para as startups com inovação. É fundamental ter ciência desse ato jurídico, porque trouxe uma parte mais orientativa de como funcionará no mercado. Entre outros aspectos que a própria lei cita, existe o artigo específico que retrata questões sobre o fato de as startups poderem admitir aporte de capital: seja de pessoa física ou jurídica e limitando responsabilidades de investidores”.

 

O executivo também traz uma visão global de como funciona esse mercado e aponta uma crítica para o Brasil. “Quando fazemos um paralelo, principalmente com os Estados Unidos, considerado o maior mercado de startups, existem soluções inteligentes desenhadas pelos governos federal, estadual ou municipal daquele país que promovem a oxigenação das empresas, ou seja, ajudam em seus objetivos estratégicos e na tração. Cerca de US$ 115 bilhões de dólares nos Estados Unidos foram investidos em contratos com empresas pequenas”.

 

Maciel ainda finaliza: “precisamos focar nesse ponto no Brasil, para incentivar os nossos negócios e dar suporte aos projetos dos nossos empreendedores. A busca de capital é necessária e constante, não só através de fundos, de investidores individuais ou privados, mas também através do auxílio do governo com a criação de linhas de financiamento realistas ou de benefícios fiscais e postergação de impostos.  Excelente momento para o governo incentivar financeiramente o crescimento das pequenas empresas que sustentam o emprego de milhares de brasileiros e se tornam grandes empresas rapidamente”.

 

 

Sobre a Mazars

Especializada em auditoria, BPO, consultoria, serviços tributários e financeiros, a Mazars é uma empresa internacionalmente integrada, operando em mais de 90 países ao redor do mundo. Contamos com a experiência e o conhecimento de mais de 40 mil profissionais para auxiliar clientes de todos os tamanhos em cada estágio de seu desenvolvimento. No Brasil, a Mazars tem mais de 800 colaboradores em seus cinco escritórios (São Paulo, Campinas, Barueri, Rio de Janeiro e Curitiba).


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