28/06/2021 às 11h56min - Atualizada em 28/06/2021 às 11h56min

Junho Laranja: doença falciforme atinge 7 milhões de brasileiros

Essa é uma patologia que ainda é pouco conhecida da população em geral

- Foto: Divulgação

Este é o mês de combate à anemia e leucemia, em que a campanha “Junho Laranja” tem como objetivo sensibilizar a população sobre a importância da promoção da saúde do sangue. A doença falciforme, por exemplo, é hereditária e atinge sete milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde.

Essa é uma patologia que ainda é pouco conhecida da população em geral, conforme levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em que 47% dos brasileiros afirmaram nunca ter ouvido falar da doença.

“Por isso é tão importante fazer campanhas e reforçar a obrigatoriedade do Teste de Pezinho, por exemplo, que é gratuito e auxilia no diagnóstico de hemoglobinopatias nos primeiros dias de vida do recém-nascido”, afirma a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Janaína Daniel Ouchi, que é mestre e especialista em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A doença falciforme é transmitida dos pais para os filhos e é caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos no sangue, que passam a ter formato semelhante ao de uma foice e isso facilita seu rompimento, provocando quadro de anemia. Em geral, a doença é mais comum em negros, mas com a miscigenação da população brasileira também ocorre em brancos e pardos.

Janaína diz que a doença causa dor nos ossos e articulações, infecções, úlcera nas pernas e perda de sangue do baço, o que pode ser fatal. O tratamento envolve acompanhamento permanente, por toda a vida, por equipe multidisciplinar, que inclui médicos, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos, entre outros.    “Descobrir a doença falciforme precocemente é muito importante para dar qualidade de vida ao paciente, desde a infância. Assim, é possível diminuir as dores e promover saúde integral”, afirma.

Covid-19

Os pacientes acometidos pela doença falciforme estão incluídos no grupo de risco para desenvolver formas mais graves em decorrência da infeção por Covid-19. A justificativa está na razão de serem considerados imunossuprimidos pelo não funcionamento do baço, o que favorece o risco de infecções.

Além disso, o coronavírus provoca infecção respiratória, que reduz a oxigenação sanguínea, podendo desencadear crises de dor. Outras complicações como hipertensão pulmonar e doença renal também são frequentes em pacientes com doença falciforme, o que podem contribuir para elevar às formas graves de Covid-19.


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