Quais são os tipos de tratamento para dependência química?

Muitas pessoas não sabem, mas a dependência química é um transtorno mental, embora crônico, passível de tratamento em clínicas de recuperação de drogas. É caracterizado pelo abuso de uma ou mais substâncias psicoativas, responsáveis por agir no Sistema Nervoso Central e provocar distúrbios físicos, mentais e emocionais.

A dependência também afeta diversos setores na vida de um indivíduo — especialmente seus vínculos afetivos e relações profissionais. Ainda que não existam motivos exatos para a causa do vício, entende-se que ele pode ocorrer em consequência de fatores sociais, biológicos, ambientais, familiares e individuais.

Por ser uma doença progressiva, o uso descontrolado de drogas pode se tornar cada vez mais forte e perigoso para o dependente e as pessoas à sua volta. Em razão disso, a internação é um passo importante no combate às drogas, em que o paciente é submetido a um tratamento contínuo e permanente, de modo que possa viver sem elas e as consequências negativas de seu consumo. 

Cada droga, com suas especificidades e diferenças, provocam reações diferentes em cada indivíduo. Por isso, exigem um tratamento diferente. Entenda, a seguir, os principais tipos de tratamento em uma clínica de recuperação em Gravatá e outras cidades do país.

 

Desintoxicação do organismo

 

Após a internação (que pode ser voluntária ou involuntária, dependendo do estado do indivíduo), é realizada uma avaliação criteriosa para estudar as especificidades do caso.

Dessa forma, o profissional pode montar uma estratégia de tratamento própria para o dependente, visando focar em suas múltiplas necessidades e a reorganização de sua vida — de modo que, ao fim do tratamento, ele possa ser reinserido na sociedade.

O processo de desintoxicação é a primeira etapa do tratamento e uma das mais importantes. Consiste no ato de eliminar todas as substâncias nocivas do organismo, a fim de reestruturar as funções metabólicas que foram prejudicadas pelo uso de drogas.

É nessa fase que o corpo começa a apresentar sinais de abstinência (pelo longo período sem o consumo), influenciando diretamente na estabilidade emocional do dependente.

Irritação, angústia, depressão e um quadro de ansiedade são sintomas frequentes de abstinência, que pode durar entre 20 a 45 dias. Sendo uma etapa muito delicada, é importante o acompanhamento e apoio da família e amigos, para que o indivíduo encontre forças para dar continuidade no tratamento de maconha e/ou outras drogas.

 

Psicoterapia

 

Após a abstinência, o nível de consciência do dependente aumenta — e é nesse momento que a etapa de psicoterapia se mostra tão importante. São diversas abordagens psicoterapêuticas (realizadas por equipes multidisciplinares, composta por psicólogos, psiquiatras, médicos clínicos e outros) que buscam auxiliar o indivíduo a identificar a raiz do problema.

A partir de terapias de suporte psicológico e medicamentos, o dependente é conscientizado sobre os malefícios do uso de drogas para a saúde e outros aspectos da vida. Gatilhos, descontroles emocionais e outros distúrbios são tratados durante essa fase.

Ela é considerada essencial para garantir o sucesso do tratamento.

 

Reinserção na sociedade

 

Nessa fase, são realizadas diversas sessões de terapia e avaliações com o paciente. O abandono completo do vício ocasiona no retorno da autoestima, e no fortalecimento de relações pessoais e profissionais. Com isso, é possível, com o acompanhamento correto, ser inserido novamente na sociedade e voltar à rotina normalmente.

No entanto, mesmo após o fim do tratamento, é importante que o paciente continue fazendo acompanhamento frequente com um profissional, com o objetivo de evitar futuras recaídas.

Embora seja difícil, com o auxílio de uma equipe especializada e o apoio da família, é possível combater o vício e viver uma vida saudável e longe dos malefícios causados pelas drogas.