O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi preso na manhã desta terça-feira (22) através de uma ação conjunta entre a Polícia Civil e o Ministério Público do RJ. A investigação indica a existência de um "QG da Propina" na prefeitura da cidade. No esquema, segundo as apurações do MP, empresários pagavam para acessar contratos e receber valores que eram devidos pela gestão municipal.
O Ministério Público ainda disse que a administração carioca realizava pagamentos a empresas por conta da propina mesmo 'em situação de penúria' e que o valor arrecadado pela organização criminosa chega a R$ 50 milhões. "A organização criminosa arrecadou dos empresários pelo menos R$ 50 milhões, foi o que conseguimos apurar. Agora, quanto foi para cada um, aí realmente é algo que não temos essa previsão", disse o subprocurador-geral Ricardo Ribeiro Martins.
A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, que deu autorização à prisão, declarou que Crivella chefia uma organização criminosa que atuava em sua administração. Ela determinou o afastamento do prefeito, que terminaria o mandato daqui a 9 dias. Quem assume interinamente, por enquanto, é o vereador Jorge Felippe (DEM), presidente da Câmara Municipal. O prefeito eleito Eduardo Paes toma posse no dia 1º de janeiro.
Além de Crivella, de acordo com informações do Portal G1, foram presos também:
- Rafael Alves, empresário apontado como operador do esquema;
- Fernando Moraes, delegado aposentado;
- Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha de Crivella;
- Adenor Gonçalves dos Santos, empresário;
- Cristiano Stockler Campos, empresário.
Ainda segundo o G1, após ser preso, Crivella afirmou que é vítima de "perseguição política" e que espera por "justiça".