07/12/2020 às 10h36min - Atualizada em 07/12/2020 às 10h36min

Governo de SP deve anunciar plano estadual de vacinação contra o coronavírus nesta segunda

Cronograma deve ser similar ao utilizado para vacinação da gripe

- Foto: Reprodução/TV Globo
Fonte: Portal G1

O Governo de São Paulo deve anunciar nesta segunda-feira (7) o seu plano de vacinação contra o coronavírus, com a utilização da CoronaVac. O imunizante é produzido pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, e a previsão é de que ele possa começar a ser aplicado na população paulista em janeiro de 2021.

Atualmente a vacina está na terceira fase de teste, onde sua eficácia ainda precisa ser comprovada, para então ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na semana passada, o governo estadual afirmou que o relatório final dos testes deve ser enviado ao órgão ainda em dezembro e que não deve ser necessário solicitar o uso emergencial da vacina.

A CoronaVac ainda não foi incluída no plano do Ministério da Saúde, que informou que o calendário de vacinação nacional deve começar em março de 2021, informação que foi criticada pelo Governador do Estado de São Paulo, João Dória.

"Na segunda-feira (7) vamos apresentar o programa estadual de imunização completo, com cronograma, com setores que são priorizados, volume de vacinas, logística. Todos os processos serão apresentados", informou o governador paulista.

Com cronogramas Estadual e FEderal seguindo em separado, a vacinação no Estado de São Paulo deve ser realizada sem  o investimento do Governo Federal.

Cronograma já conhecido

Como já era esperado, o plano estadual de vacinação deve seguir um cronograma similar ao que já é realizado em outras campanhas de imunização, como a gripe, vacinando no primeiro momento idosos e profissionais da saúde.

“Quem tem entre 50, 60 anos, a letalidade é de 3%. E ela é gradativamente subindo quem tem mais de 80 anos, até 80, 89 é de 32%, e mais de 90 anos, é de 39%. E esse é o principal critério para a utilização da vacinação. Talvez o principal critério a ser utilizado é a vacinação das pessoas acima de 50 anos. São as pessoas quem têm mais risco, são as pessoas que saturam o sistema de saúde. Além disso, a vacinação dessas pessoas quebra o círculo de circulação do vírus", informou o coordenador do Centro de Contingência para Covid-19, José Medina.

O governo de São Paulo já firmou acordo para a compra de 46 milhões de doses e para a transferência de tecnologia para o Instituto Butantan. Em outubro, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar em uma reunião virtual com mais de 23 governadores, a compra do imunizante, porém a aquisição foi desautorizada pelo presidente Jair Bolsonaro menos de 24 horas depois.

O Governo de São Paulo já vinha anunciando planos para vacinar a população do estado, caso a vacina não seja incorporada ao Programa Nacional de Imunização.

"Cada dia sem vacina conta. Se a vacina estiver para uso, nós temos que iniciar a vacinação. E isso, pelo simples motivo: a vacina pode poupar a vida de milhares de pessoas. Não faz nenhum sentido, do ponto de vista da responsabilidade pública, atrasar o uso de uma vacina disponível e pronta, já registrada na Anvisa. Iremos trabalhar junto com os estados, se for o caso, junto com os municípios, para que isso aconteça", disse o diretor do Instituto Butantan em entrevista à GloboNews.


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