23/11/2020 às 17h10min - Atualizada em 23/11/2020 às 17h10min

Estudo da CoronaVac alcança número mínimo de voluntários infectados pela Covid-19

Vacina entra na fase final de aprovação

- Foto: Reprodução / Internet
Fonte: Portal G1

O estudo da fase 3 da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, alcançou o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes.

De acordo com o Portal G1, a nova etapa permite a abertura da análise interina dos resultados do imunizante. O anúncio foi feito em meio a uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23).

"A boa notícia, e o motivo por qual estamos aqui no Instituto Butantan, é que o Instituto Butantan detalha a fase final para a aprovação da CoronaVac tendo atingido o número mínimo de infectados e isso é a possibilidade de permitir a abertura do estudo clínico e a análise destes resultados", afirmou o secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn.

O estudo de fase 3, o último, faz a divisão dos voluntários em dois grupos iguais: metade dos participantes toma a vacina e a outra metade, um placebo. Os participantes não sabem a qual grupo pertencem.

Para que a análise interina da CoronaVac fosse realizada, era preciso que ao menos 61 casos de Covid-19 ocorressem entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou o imunizante ou do chamado grupo de controle. No total, foram 74 infectados.

O grupo de infectados torna possível a realização da chamada análise interina, a primeira análise da eficácia da vacina. Caso alguma dúvida ainda persista, o estudo deve ter uma segunda análise, chamada de primária, que é feita quando o número de casos confirmados de Covid-19 entre os 13 mil voluntários chegar a 154 casos.

Vacina de Oxford

O vice-presidente de produção e inovação em saúde da Fiocruz, Marco Krieger, declarou nesta segunda-feira, em entrevista à GloboNews, que a previsão da fundação é vacinar 65 milhões de pessoas nos seis primeiros meses de 2021 e outras 65 milhões nos seis próximos, considerando 2 doses para cada pessoa.

A Fiocruz, ainda segundo o G1, possui um acordo de transferência de tecnologia com a AstraZeneca, farmacêutica que desenvolve uma vacina em parceria com a Universidade de Oxford, para a produção das vacinas no Brasil.

A vacina da AstraZeneca/Oxford apresentou eficácia de até 90% de acordo com a dosagem, segundo resultados preliminares publicados nesta segunda. Os dados ainda não foram revisados por outros pesquisadores nem divulgados em revista científica.

"Nós estaríamos prevendo no primeiro semestre termos 100 milhões de doses para oferecermos 2 doses para 50 milhões de cidadãos no Brasil, e vamos poder chegar já no primeiro semestre a duas doses e 65 milhões de brasileiros. E no segundo semestre, com a produção 100% nacional da vacina na Fundação Oswaldo Cruz, chegaremos a outros 65 milhões, então o total de 130 milhões de brasileiros [que poderão ser vacinados]", completou Krieger.


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