Cientistas brasileiros criam gel à base de nióbio capaz de desativar coronavírus

Pesquisadores da UFMG (Unidade Federal de Minas Gerais) desenvolveram um composto, à base do metal nióbio, que protege mãos e superfícies contra o novo coronavírus por até 24 horas. Entretanto, ele não deve ser ingerido e não tem utilidade para eliminar o vírus dentro do corpo humano, somente para evitar a propagação externa.

A solução já foi patenteada e aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), podendo ser utilizada como gel ou líquido spray para resguardar superfícies e equipamentos em ambientes doméstico, médico e odontológico, segundo os cientistas desenvolvedores do antisséptico.

Uma reportagem exibida pelo programa Jornal da Record falou sobre o mais novo aliado do combate à covid-19. O pesquisador da UFMG, Luiz Carlos Oliveira, explicou a diferença entre o produto desenvolvido e o álcool, dizendo que a nanopartícula do novo antisséptico não evapora, tendo assim, uma durabilidade maior para a proteção e uma capacidade de eliminar a carga viral em 100%.

Os testes do composto, de acordo com informações do Portal UOL, foram realizados com o Sars-CoV-2 em um laboratório de nível de biossegurança NB-3 (que autoriza manipulação de vírus causadores de doenças graves). A solução foi registrada pela startup Nanonib.

A expectativa é que o produto comece a ser comercializado em até 30 dias e que tenha um preço acessível para a população. “Não vai custar caro, porque a matéria-prima está no estado (Minas Gerais). A gente tem uma estimativa entre 15 e 20 reais o frasco”, disse o pesquisador.

Minas Gerais tem a maior reserva de nióbio do mundo, na cidade de Araxá, interior do estado, onde a estimativa é que haja 842 milhões de toneladas do metal. Ainda segundo o Portal UOL, cerca de 98,4% do nióbio do mundo está no Brasil.