27/07/2020 às 11h27min - Atualizada em 27/07/2020 às 11h28min

Tecnologia pós-covid: objetos sem toque humano

Redes de supermercados estão substituindo botões por tecnologias de aproximação, que excluem o toque das mãos

Assessoria de Imprensa Foto: Kate Trifo

Registrar os avanços tecnológicos em meio à pandemia do coronavírus é uma as missões do site de informações Tecnonotícias. A doença que já vitimou mais de 80 mil pessoas somente no Brasil está forçando empresários, cientistas, pesquisadores e empreendedores a encontrarem saídas para diversas crises.

 

Uma dessas crises tem a ver com o toque humano. O coronavírus se espalha facilmente pelo toque, já que o vírus é resistente em superfícies. Por isso, apertar as mãos, dar abraços ou mesmo conversar com alguém a uma distância próxima demais são fatores de risco nesse momento.

 

Pensando nesse cenário, iniciativas tecnológicas que possam interromper a circulação do vírus são fundamentais. Uma atitude antes automática — apertar o botão para abrir a cancela do estacionamento do supermercado — virou, no mundo pós-coronavírus, operação complexa.

 

Para evitar esse problema, redes de supermercados começaram a substituir botões por tecnologias de aproximação, que excluem o toque. É um exemplo de escolhas tecnológicas - às vezes, simples e baratas, outras caras e complexas - que as empresas terão de fazer a partir de agora, com o avanço da doença.

 

A corrida pela adoção de novas tecnologias se intensificará à medida que as mortes pelo coronavírus no Brasil atingirem novos picos, diz Heitor Salvador, presidente da empresa de segurança corporativa SegurPro, em entrevista ao portal R7.

 

Entre os projetos em andamento, estão soluções simples, como adaptação de antigas câmeras de segurança para medição de distância entre funcionários, até a substituição de inteiros sistemas de identificação por digital por tecnologias de reconhecimento facial.

 

Entre as empresas que já investiram em tecnologias sem toque estão a Petrobras e a Vale, com atuação mundial no setor energético e de mineração. A mineradora adquiriu câmeras térmicas capazes de identificar, em um grupo de trabalhadores iniciando um turno em uma mina, um indivíduo com febre. Os equipamentos fazem parte de um lote de 86 câmeras térmicas compradas por R$ 7,5 milhões. As câmeras são capazes de identificar as variações de temperatura - e colorir a silhueta do funcionário potencialmente doente.

 

A Petrobras trabalha em diferentes frentes. Instalou câmeras térmicas — modelos mais simples, que mostram variações de temperatura de profissionais que passam, um a um, por uma catraca — e trabalha em várias frentes para ampliar a distância social, principalmente nas plataformas de produção, onde o espaço é limitado. O índice de infecção pela covid-19 nesses ambientes é acompanhado pelo MPT (Ministério Público do Trabalho).

 

Segundo Juliano Dantas, gerente do centro de pesquisa da estatal, a tecnologia sem toque — ou low touch, em inglês — é uma "preocupação central". A companhia analisa seus processos para evitar que superfícies sejam tocada por um grande número de pessoas.

 

"Isso começa pelas catracas", diz Dantas. Sem gastar muito, é possível também aumentar a vigilância de determinados comportamentos, como aglomerações de funcionários. "Uma câmera pode ganhar um novo software e ser 'treinada' para disparar um alarme para dispersar pessoas", explica.

 

Essas e outras soluções serão cada vez mais utilizadas a partir de agora. Para quem gosta de inventar soluções, sobretudo tecnológicas, esse é o momento de criar algo que pode ajudar o mundo inteiro.


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