21/07/2020 às 15h40min - Atualizada em 21/07/2020 às 15h40min

Fundador da Qualicorp é preso em operação da PF que investiga suposto caixa 2 em campanha de José Serra

Investigações apontam que senador recebeu R$ 5 milhões em doações não contabilizadas

- Foto: Divulgação / Qualicorp
Fonte: Portal G1

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21) uma operação que investiga suposto caixa 2 na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014. O empresário José Seripieri Júnior, fundador da Qualicorp, foi preso após investigações apontarem que ele realizou doações não contabilizadas de R$ 5 milhões ao tucano.

Através de nota, o senador José Serra afirmou que lamenta a espetacularização da investigação e que desconhece as denúncias. Ele disse que “foi surpreendido esta manhã com nova e abusiva operação de busca e apreensão em seus endereços, dois dos quais já haviam sido vasculhados há menos de 20 dias pela Polícia Federal”. “A decisão da Justiça Eleitoral é baseada em fatos antigos e em investigação até então desconhecida do senador e de sua defesa”.

De acordo com informações do Portal G1, a Qualicorp confirma que aconteceu o cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua sede administrativa e declarou que a nova direção da empresa irá apurar os fatos de maneira completa. A empresa ainda afirmou que está cooperando com as autoridades públicas adequadas. O advogado que representa Seripieri Júnior disse que vai se manifestar assim que tiver acesso aos autos.

Denominada como Paralelo 23, a operação é uma nova fase da Lava Jato que investiga crimes eleitorais e ocorre em conjunto com o Ministério Público Eleitoral (MPE). Ainda segundo o G1, as apurações estão restringidas a fatos de 2014, ano em que Serra ainda não possuía o mandato de senador.

Por volta das 8h50, além de José Seripieri Júnior, encontravam-se presos, temporariamente, na sede da PF em São Paulo: Arthur Azevedo Filho e Rosa Maria Garcia. A prisão temporária é de cinco dias, tendo a possibilidade de ser renovada por mais cinco dias. A defesa dos outros empresários não foi encontrada. Somente o empresário Mino Mattos Mazzamati não havia sido localizado pela Polícia Federal na cidade de Itu, até por volta de 12h.

“Haveria a criação por parte de um grupo empresarial da área de saúde de operações com objetivo de destinar recursos para a campanha eleitoral do parlamentar que é alvo desta investigação. Ao todo seriam repassados R$ 5 milhões fazendo uso de empresas que simulariam a prestação de serviços com o objetivo de simular transferência, a origem, destes recursos ilícitos que tinham o objetivo chegar na campanha eleitoral deste parlamentar”, declarou Marcelo Ivo, delegado da Polícia Federal de São Paulo.


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