Condenado pela morte de Vitória Gabrielly envia carta ao pai da criança

O pedreiro Júlio Ergesse, condenado a 34 anos de prisão pela morte da menina Vitória Gabrielly, em junho de 2018, em Araçariguama, enviou uma carta ao pai da criança, Beto Vaz. Após dois anos de o corpo da adolescente ser encontrado em uma mata da cidade, a família tenta entender o assassinato de Vitória, aos 12 anos. O casal Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges de Abrantes, também acusado de sequestrar e matar a menina, ainda não foi julgado.

A estudante, em 08 de junho de 2018, saiu de casa para andar de patins e desapareceu. A vítima foi encontrada uma semana depois por um morador. Na época, o caso gerou comoção nacional e a polícia concluiu que a menina teria sido morta por engano, ao ser raptada por conta de uma dívida de drogas e confundida com outra pessoa.

Na carta, a qual o Portal G1 teve acesso, o condenado, que está preso na Penitenciária de Tremembé, diz que o amigo que o denunciou seria o culpado pelo crime e que o rapaz estaria se escondendo. Em outro trecho, ele declara que uma perícia em um carro azul não foi realizada. “Não é justo estar preso pelo que os outros fizeram”, escreveu Júlio.

De acordo com informações do Portal G1, o material chegou ao pai de Vitória, Beto Vaz, através de uma pessoa da cidade que estava presa na mesma unidade em que Ergesse. A defesa do pedreiro não se pronunciou sobre a carta. “Não vi uma palavra solidária, nem um boa noite ou pêsames. Não sei porque mandou. Só vejo uma versão se importando apenas com ele mesmo descrita aqui”, afirmou Beto.

Segundo a polícia, os pontos mencionados pelo presidiário foram averiguados em meio ao inquérito e não apresentaram qualquer ligação com o crime.