15/06/2020 às 11h16min - Atualizada em 15/06/2020 às 15h57min

PF prende Sara Winter e mais cinco em investigação sobre atos antidemocráticos

Acusados organizar e captar recursos para atos antidemocráticos, e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional

- Foto: Sara Winter/Twitter/Reprodução

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira (15) a ativista e líder do grupo 300 do Brasil, Sara Winter, sob a acusação de exercer atos antidemocráticos. Cinco pessoas ligadas ao grupo também foram presas sob a mesma acusação, em ação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após investigações apontarem que os integrantes do movimento de apoio ao Presidente Jair Bolsonaro organizariam e captariam recursos para a realização de atos antidemocráticos e de crimes contra a Lei de Segurança Nacional.

O grupo 300 do Brasil tem se envolvido em diversas polêmicas, como o acampamento de militantes montado na Esplanada dos Ministério e onde, segundo Winter, haveria pessoas armadas com o intuito de se protegerem.

Entretanto o tom do grupo escalou rapidamente para uma série de manifestações contra instituições, principalmente o Supremo Tribunal Federal, como o vídeo divulgado por Winter, onde ela ameaçava o Ministro Alexandre de Moraes, falando que iria infernizar a vida do membro do STF. “O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor”, diz a militante em vídeo divulgado nas redes sociais.

Entre as manifestações do grupo ,também estão a do dia 30 de maio, quando Winter chefiou uma manifestação com referências a grupos neonazistas e de supremacistas brancos americanos, na Esplanada e a do último sábado (13), quando manifestantes lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF.

A prisão de Winter e outras pessoas ligadas ao grupo 300 ocorre dentro do inquérito que investiga o financiamento de protestos antidemocráticos e não tem relação com a investigação sobre a produção fake news.

A defesa de Sara Winter afirmou ao G1 que "ainda não ter conhecimento sobre o motivo da prisão".

Ao autorizar a abertura do inquérito, em abril, Moraes disse que “é imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”.


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