Foto: Marcos Correa / Presidência da República
Medidas tomadas tempestivamente tendem a afetar todos a nossa volta, principalmente quando falamos sobre ações que envolvem governos. Após um super rodízio que se provou um grande fracasso, com a superlotação dos meios públicos de transporte, a Prefeitura de São Paulo decretou um “feriadão” de 6 dias que promete trazer mais prejuízos, só que desta vez para as cidades vizinhas e litoral.
A preocupação de prefeitos de municípios do interior e litorâneos após a medida do Prefeito Bruno Covas tem se provado acertadas, com o grande número de moradores da capital que se deslocaram para o interior para “aproveitar” o final de semana estendido, colocando em risco o isolamento social que já é precariamente mantido. Cada cidade vai ter que lidar com a situação a sua maneira, sendo com bloqueios ou barreiras sanitárias como as de São Roque e Ibiúna, embora todos saibamos que a medida é apenas paliativa, pois embora as barreiras estejam em pontos de maior circulação, existem outras diversas entradas para o território são-roquense que não podem ser fiscalizadas.
O Feriadão é uma medida desesperada da prefeitura paulista, uma última tentativa de evitar um lockdown (fecha tudo) que parece cada vez mais perto, já que a população continua a ignorar as recomendações de isolamento e a contaminação do coronavírus não para de crescer. Pagaremos um preço caro pela atitude relapsa e negacionista de parte da população, porém medidas tempestivas e desesperadas como o feriadão apenas trazem mais riscos e devem servir de exemplo sobre o que ocorre quando não acontece um diálogo com todos os governos municipais antes de se realizar qualquer medida envolvendo o coronavírus.
Felizmente na manhã desta quinta-feira (21) houve uma boa reunião entre o presidente Jair Bolsonaro, presidente do Senado Davi Alcolumbre, presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e Governadores num tom amistoso e de paz como deveria ter sido desde o início da pandemia, afinal se há uma guerra, deve ser contra o coronavírus, um inimigo mundial e invisível.
O Governo Federal desde o início da pandemia bateu cabeça, e mostrou muito despreparo para a crise e segue sem pressa em escolher um novo Ministro da Saúde em meio a maior crise de saúde pública da história do Brasil dos últimos tempos. Se começarmos a bater cabeça também no âmbito estadual, os efeitos podem ser ainda piores e assim, é de se esperar mais cooperação e senso de comunidade do Prefeito Bruno Covas e do Governador João Dória.
Um dos diretores do departamento de crise do COVID-19 disse recentemente que o coronavírus estava vencendo a guerra, um dado sério e que infelizmente são comprovados os índices de contagio e mortes no Brasil, que já está no terceiro lugar no ranking mundial, atrás apenas de Russia e Estados Unidos.
Estamos todos juntos nesta luta contra o COVID-19 incluindo os governos estaduais e se não começarmos a ouvir e não pararmos para perceber como decisões erradas, sejam individuais ou coletivas, podem impactar a todos, já podemos levantar a bandeira branca.
O Brasil precisa de paz e de ações em conjunto para vencer essa guerra e que assim seja!