14/05/2020 às 16h22min - Atualizada em 14/05/2020 às 16h22min

Pós-pandemia: o que fazer quando a crise passar?

De acordo a Mazars, auditoria e consultoria empresarial, é preciso elaborar um planejamento estruturado para garantir a sustentabilidade financeira das empresas. Éder Mutinelli, sócio-líder de consultoria, elaborou algumas dicas para esse momento

Assessoria de Imprensa Foto: Pixabay

A crise em que o mundo vive hoje, por conta da pandemia do coronavírus, provocou inúmeras incertezas, como os impactos causados nas empresas e também nas pessoas, nos aspectos psicológicos, na retração dos negócios ou na alteração do fluxo de operações de atividades até então rotineiras. Do mesmo modo, o período pelo qual a crise deve se estender segue o mesmo caminho de dúvidas.
 

"Ao observarmos crises já enfrentadas, é possível concluir que elas têm começo, meio e fim. Assim, planejar desde já o que fazer para o momento da retomada das operações será crucial para reduzir riscos, minimizar custos e maximizar o alcance dos resultados esperados", afirma Éder Mutinelli, sócio-líder de consultoria da Mazars.
 

O executivo apresenta algumas dicas que podem contribuir para a elaboração de um planejamento estruturado:
 

• Atenção para as orientações das autoridades sanitárias: será importante considerar as informações desses órgãos para preservar o bem-estar dos colaboradores. Ações precipitadas podem comprometer a estrutura operacional da empresa, além de afetar a imagem da organização por eventuais acusações de negligência.
 

Assim, preservar grupos de risco, estabelecer ações de higiene, recomendar o uso de máscaras e evitar aglomerações desnecessárias são medidas que podem contribuir para afastar os problemas. Também considere ajustar horários de entrada, saída, almoço e de reuniões. Vale lembrar que as ações podem ser adaptadas às circunstâncias.
 

Identifique se há aspectos positivos nas atividades em isolamento: analise cuidadosamente as rotinas anteriores ao isolamento e aquelas implantadas durante a quarentena, buscando identificar aspectos positivos e negativos dos dois períodos. Isso poderá trazer lições importantes e apoiar as decisões ligadas à retomada dos negócios.
 

Um aspecto quase unânime é que muitos aprenderam a trabalhar em regime de home-office.
 

Assim, analisar a sua manutenção, mesmo que em determinados postos, pode gerar ganhos significativos, como redução de custos de aluguel, energia elétrica, manutenção, segurança, estacionamentos, entre outros. Mais uma vez, o planejamento das ações com antecedência se mostra necessário.
 

Reveja a estrutura dos negócios: o planejamento deverá revisitar a estratégia da empresa e o modus operandi em que os negócios se encontram estruturados. Nesse sentido, também há boas lições em função das ações efetuadas pelas empresas, buscando adaptá-las ao momento atual, como o movimento acelerado de estruturação das vendas do varejo via e-commerce. Esse poderá sem um movimento sem volta, ou seja, empresas fecharam lojas físicas forçadamente, mas provavelmente, não irão reabri-las - ao menos não no modelo anterior.
 

Reavaliar pode trazer ganhos importantes. Aos colaboradores, provavelmente também haverá benefícios, pois poderão reduzir o tempo e os custos de deslocamento. Esse tempo economizado poderá ser investido em atividades extras que, com o ritmo pré-pandemia, seriam mais difíceis, como lazer, tempo em família e cursos de especialização.
 

Amplie as ferramentas de previsões orçamentárias: contar com ferramentas que propiciem o desenho de diferentes cenários sobre o desempenho e acompanhamento das previsões dos negócios será fundamental para determinar as diretrizes e ações a serem tomadas. É provável que a crise traga efeitos relevantes em termos de prejuízos e redução do volume dos negócios. Seus impactos devem ser percebidos por um longo período, de forma de que a retomada dos padrões de sustentabilidade e crescimento seja gradativa e volátil.
 

Inovação como premissa do negócio: estar atento a oportunidades em novos cenários econômicos, necessidades de clientes e não-clientes pode ser determinante para identificar novos meios de construir ou estruturar produtos para o atendimento de uma nova demanda. A inovação nem sempre está associada a grandes mudanças ou a criação de algo inexistente, já que também pode significar a redefinição do formato atual para obtenção de maior eficácia.
 

Aperte o cinto: foque em atividades prioritárias, concentrando em investimentos e custos no essencial. Esforce-se para eliminar ao máximo as despesas não atreladas à sua receita. Renegocie novamente com parceiros, fornecedores e funcionários. Realinhe e renegocie linhas de financiamento de OPEX e CAPEX, com foco no longo prazo.
 

Essas são algumas das ações e premissas que deverão nortear o foco da gestão financeira das empresas. O equilíbrio dessas ações e a união ao plano estratégico poderão determinar o sucesso e a sustentabilidade do negócio.
 

Sobre a Mazars
 

A Mazars é uma parceria internacionalmente integrada, especializada em Auditoria, Consultoria, Financial Advisory Services, Serviços Tributários e BPO.
 

Operando em 91 países e territórios ao redor do mundo, contamos com a experiência de 40.400 profissionais - 24.400 na parceria integrada da Mazars e 16.000 pela Mazars North America Alliance - para ajudar os clientes em todas as fases do seu desenvolvimento.
 

No Brasil, temos mais de 850 colaboradores em nossos seis escritórios (São Paulo, Barueri, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Curitiba), que solucionam questões complexas de maneira inovadora. A busca contínua pela excelência é o que nos move.


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