04/05/2020 às 22h51min - Atualizada em 04/05/2020 às 22h51min

Pesquisadores identificam anticorpo que bloqueia infecção por Sars-CoV-2

A descoberta dos cientistas foi noticiada nesta segunda-feira (04)

- Foto: Divulgação / Scientific Animations / Wikimedia Commons
Fonte: Revista Galileu

Pesquisadores da Universidade de Utrecht, do Erasmus Medical Center e do Harbor BioMed identificaram um anticorpo humano que restringe o novo coronavírus (Sars-CoV-2) de infectar células em culturas cultivadas. A descoberta dos cientistas foi noticiada pela Nature Communications nesta segunda-feira (04) e pode contribuir no desenvolvimento de tratamentos para a Covid-19.

De acordo com os pesquisadores, o estudo deu ênfase a anticorpos conhecidos por combaterem o Sars-CoV, causador da Sars, que surgiu na China no início dos anos 2000. Eles descobriram que um desses anticorpos também tem a capacidade de manter neutra a infecção por Sars-CoV-2, causador da Covid-19, em culturas celulares.

“Esse anticorpo neutralizante tem potencial para alterar o curso da infecção no hospedeiro infectado, apoiar a eliminação do vírus ou proteger um indivíduo não infectado que é exposto ao vírus”, disse Berend-Jan Bosch, condutor da pesquisa, através de comunicado.

Bosch ainda observou que o anticorpo tem ligação a uma propriedade existente tanto no Sars-CoV quanto no Sars-CoV-2, o que esclarece sua aptidão em neutralizar os dois microrganismos. “Esse recurso de neutralização cruzada do anticorpo é muito interessante e sugere que ele pode ter potencial na mitigação de doenças causadas por coronavírus — potencialmente emergentes no futuro”, afirmou o pesquisador.

A equipe destaca que ainda será necessário muito trabalho para constatar se esse anticorpo pode proteger ou reduzir a gravidade da Covid-19 em seres humanos. Mesmo assim, os profissionais acreditam no desenvolvimento do anticorpo e, se possível, na viabilização de um tratamento para o contágio causado pelo novo coronavírus. “Acreditamos que nossa tecnologia pode contribuir para atender a essa necessidade de saúde pública mais urgente e estamos buscando várias outras vias de pesquisa”, declarou Jingsong Wang, um dos especialistas.


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