02/03/2020 às 10h30min - Atualizada em 02/03/2020 às 10h30min

O que a fisiatria diz sobre o uso de canabidiol para tratamento de dores?

Uso de derivado da maconha tem sido cada vez mais recomendado para pacientes

Assessoria de Imprensa Foto: Divulgação

São cada vez mais frequentes a utilização do canabidiol para o tratamento de dores crônicas. Uma das práticas mais recentes está na utilização em conjunto com a fisiatria, responsável oferecer qualidade de vida por meio de métodos e técnicas para recuperar pacientes que possuem sequelas de patologias neurológicas; lesões e danos musculoesqueléticas e doenças oncológicas;

 

O uso de substâncias derivadas da Cannabis para o tratamento de dores crônicas tem crescido substancialmente, após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberar a importação de produtos extraídos da planta. Ainda assim, o tema gera debate na comunidade médica e na sociedade.

 

Os canabinóides são uma ferramenta na gestão do paciente com dor crônica, podendo diminuir até 30% as escalas de dor. Seus efeitos relatados são: diminuição de dor, aumento da tolerância a dor, melhora da qualidade de vida, retorno às atividades de vida diária. Aparentemente não tem efeito curativo da dor.

 

Ainda segundo especialistas, a utilização da CBD atua diretamente em dores neuropáticas; dor (e espasticidade) em esclerose múltipla; dor em lesão medular; dor oncológica e como coadjuvante para melhora do humor e sono. Não é recomendado para dores agudas, episódicas ou pós-cirúrgicas.

 

Diversos estudos comprovaram que o CBD pode ser usado no tratamento de crises epilépticas, especialmente as que ocorrem em crianças.

 

Pesquisadores da Universidade da Califórnia anunciaram em maio do ano passado que que conseguiram sintetizar uma substância análoga ao canabidiol (CBD) e obter resultados positivos em cobaias no tratamento da epilepsia.

 

Além disso, a Sociedade Americana de Química anunciou, também em abril do ano passado,  que já existem evidências que apontam para o uso de CBD no "transporte" de medicamentos para o cérebro, já que a substância consegue transpor a barreira hematoencefálica, que protege o sistema nervoso central.

 

No entanto, é preciso estar atento: remédios com THC - substância que altera as funções cerebrais e provoca os mais conhecidos efeitos do consumo da maconha - acima de 0,2% só podem ser comprados com receita médica restrita.

 

Nas formulações com concentração de THC inferior a 0,2%, o produto deverá ser prescrito por meio de receituário tipo B e renovação de receita em até 60 dias.

 

Atualmente, alguns sites brasileiros vendem óleos que dizem ter o CBD, mas é importante se certificar da qualidade do produto e da veracidade do remédio com um especialista em CBD e no tratamento com canabidiol.

 


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