A Justiça decretou a prisão preventiva do ex-prefeito e marido da atual prefeita de Araçariguama, Carlos Aymar, e do secretário de governo da prefeitura, Israel Pereira da Silva. Os dois foram presos em flagrante sob acusação de receberem proprina e segundo a Delegacia Seccional de Sorocaba, a prisão ocorre após cerca de cinco meses de investigação.
Aymar e Israel teriam cobrado dois milhões de reais de uma cooperativa da cidade para liberar a licença para a operação da companhia, que pretendia construir 840 casas em Araçariguama. Os dois foram presos sob a acusação de associação criminosa e concussão, quando funcionários públicos exigem dinheiro ou algum tipo de vantagem e, caso condenados, podem pegar até oito anos de prisão pelos dois delitos.
Os advogados dos dois acusados já informaram que vão entrar com pedido de habeas corpus para que ambos aguardem o término das investigações ou o julgamento em liberdade. A defesa do ex-prefeito disse que ainda não conseguiu acesso aos autos para a análise do caso. "Mas desde já verifica-se que a prisão ocorreu em um típico caso de flagrante preparado sem qualquer participação de Carlos Aymar, fato que, conforme o STF, súmula 145, torna o crime impossível", completa em nota.
Por conta de um processo por ato libidinoso, em 1982, Aymar será levado para a Penitenciária P2, no bairro Aparecidinha, em Sorocaba, enquanto Israel será encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP), também na cidade.
Outras três pessoas, que não tiveram os nomes divulgados e também foram citadas pelos envolvidos, foram notificadas pelos investigadores para prestarem depoimento na delegacia de São Roque nesta terça-feira.