A Polícia Civil de Araçariguama (SP) prendeu na tarde terça-feira (21) o quarto suspeito de envolvimento na morte da menina Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos. Odilan Alves, 35 anos, é apontado como sendo um dos comandantes do tráfico de drogas em Araçariguama e o homem responsável por mandar raptar a irmã de um traficante que lhe devia dinheiro.
A Polícia Civil já havia informado que as investigações indicavam que Vitória teria sido raptada por engano e que foi morta no momento em que os sequestradores perceberam que haviam raptado a garota errada.
A identificação de Odilan como suposto mandante do sequestro foi possível em função de características passadas por uma testemunha protegida pela Justiça em depoimento ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Bruna Racca, uma denúncia anônima informou detalhes sobre o suspeito, conhecido no tráfico como "irmão Nicolas", "Gustavo" e "Bryan". Ele também havia sido citado por moradores da cidade e reconhecido por testemunhas através de imagens.
Embora more em Itapevi, o acusado é apontado como chefe da venda de entorpecentes nos bairros araçariguamenses de Terra Baixa, Nova Tigrão e Jardim Brasil, onde o suspeito foi encontrado. De acordo com as autoridades, o homem foi detido em seu carro enquanto recebia dinheiro de traficantes do local.
Com eles os policiais encontraram uma arma com numeração raspada, dinheiro e munição. A polícia também apreendeu porções de maconha e cocaína em uma casa da região e que estavam prontos para a venda. Quatro suspeitos de participarem do tráfico em Araçariguama também foram presos e também foi apreendido um notebook contendo vasta contabilidade da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
O inquérito que investigou a morte de Vitória contém 1.774 páginas e foi encaminhado à Justiça no ano passado. Dias depois, a Polícia Civil abriu um segundo inquérito para realizar buscas pelo suspeito de integrar a cúpula do tráfico de drogas na região.
Odilan teve o mandado de prisão temporária expedido por 30 dias e será levado para a cadeia transitória de São Roque. Ele pode responder por tráfico de drogas, associação criminosa e também pela morte de Vitória Gabrielly ao fim do inquérito.