09/06/2014 às 14h54min - Atualizada em 09/06/2014 às 14h54min

Médico é assassinado na garagem de sua própria casa em Sorocaba

O assassinato aconteceu a cerca de 500 metros do Estádio Walter Ribeiro (CIC), onde transcorria o jogo-treino do Japão e que levou milhares de pessoas ao estádio

O médico psiquiatra Eduardo Guenka, de 76 anos, foi assassinado na noite de ontem na garagem da própria casa. O criminoso fugiu a pé após os disparos e abandonou o revólver utilizado na execução no jardim de uma casa situada na Rua João dos Santos, a quase dois quarteirões de onde ocorreu o homicídio. Além de Guenka, foram atingidos pelos disparos um dos filhos dele, Marcos, e a nora Aline Marchetti Guenka, de 36 anos. Os dois, segundo informações de familiares, não correm risco de morte. O assassinato aconteceu por volta das 17h30, a cerca de 500 metros do Estádio Walter Ribeiro (CIC), onde transcorria o jogo-treino do Japão e que levou milhares de pessoas ao estádio. Pela região do estádio, havia dezenas de policiais militares, guardas civis municipais e agentes de trânsito.

Pessoas ouvidas pela reportagem informaram terem visto um homem de calça jeans, blusa e mala nas costas subindo a Rua Afonso Cavalini. Ele teria saído de um bar. Os disparos aconteceram logo depois disso. Vizinhos da família disseram que a rua estava movimentada, um pouco antes dos disparos: "Depois todos entraram para suas casas, inclusive eles, mas alguns ficaram conversando na garagem", comenta um vizinho. Para praticar o crime, o assassino apontou o revólver para as vítimas e descarregou a arma, com capacidade para seis projéteis. Havia cinco pessoas da família Guenka na garagem da casa 55. Duas conseguiram escapar dos disparos, mas o médico foi atingido com um tiro no peito, o filho dele levou dois tiros na barriga e a nora foi alvejada em um dos ombros. Um das balas atingiu uma das lâmpadas da garagem e a parede. Os tiros foram efetuados pelo vão do portão da casa que estava fechado. O assassino fugiu a pé em direção da Rua João dos Santos seguindo sentido estádio do CIC. Em frente à casa de número 684, onde há um jardim externo, o criminoso dispensou o revólver: um Taurus, calibre 38, cano longo, cromado e com seis projéteis deflagrados no tambor, que foi apreendido pela Polícia Militar. Ele desapareceu. Viaturas da Polícia Militar, com apoio do helicóptero Águia, fizeram patrulhamento pela região, mas não conseguiram localizar o criminoso.

Na casa dos Guenka, familiares apressaram-se para chamar o socorro e, em questão de minutos, o Resgate do Corpo de Bombeiros estava na casa da família. Marcos e Aline foram socorridos e levados para o Hospital Regional, enquanto uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatava a morte do médico, que morreu nos braços da esposa Maria Angela Guenka. Um vizinho abrigou familiares que precisaram sair da casa para que a Polícia Técnica pudesse realizar os procedimentos de apuração do delito. O clima de tristeza era generalizado.

A polícia não descarta a possibilidade de tentativa de assalto, embora a família tenha informado que o assassino nada falou, apenas disparou. Cogita-se, ainda, a ação de algum paciente do médico psiquiatra, segundo um dos familiares. Mas tudo, por enquanto, segundo a polícia, é especulação. O crime será investigado pelo departamento de homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). Aline, atingida com um tiro no ombro, foi medicada e passa bem; enquanto Marcos, ferido por duas balas na barriga, passaria ontem por cirurgia no Hospital Regional. Segundo familiares, ele não corre risco de morte. No sábado, foi aniversário de Marcos e de Aline. Toda a família se reuniu para comemorar. E, ontem, uma parte da família ficou na casa do médico para almoçar.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://jeonline.com.br/.