08/04/2019 às 11h51min - Atualizada em 09/05/2019 às 00h00min

Acusada de matar irmão de cinco anos em São Roque é mantida em cela isolada

Acusada é mantida em Penitenciária Feminina de Votorantim (SP)

Fonte: Portal G1

O laudo apresentado pelo Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte de Maycon Aparecido da Silva Roque, de apenas cinco anos e que foi assassinado pela irmã, Karina Aparecida da Silva Roque, aponta que que a criança teria sido torturada quando ainda estava vivo. A criança foi encontrada pela família apresentando sinais brutais de tortura, como profundos cortes no corpo, tendo os olhos furados, o pênis decepado e os pés queimados, além de ter o corpo rodeado por velas.

Entretanto, devido ao depoimento inicial de Karina as autoridades, onde ela teria dito que havia asfixiado o irmãozinho com um travesseiro, as autoridades acreditavam inicialmente que a criança tivesse sofrido os ferimentos após sua morte.

Porém segundo informações apuradas pelo JE o laudo do IML aponta que a causa da morte do menino não foi asfixia e sim hemorragia aguda provocada por um ferimento na região do pescoço. Com esta informação e ao analisar a situação que envolveu o crime as autoridades acreditam que a adolescente tenha asfixiado o irmão com o travesseiro até que ele desmaiasse e então praticado os atos de brutalidade. Esta hipótese se baseia no fato de que, a casa onde ocorreu o crime fica próxima a outras residências, alguém teria ouvido os gritos e protestos de uma criança que estaria sofrendo ferimentos tão brutais. Como isto não ocorreu a polícia acredita que a criança estaria desacordada quando foi atacada, porém se Karina sabia ou não que o irmão estava morto quando o torturou, isto é algo que apenas ela pode dizer com certeza.

A adolescente foi presa no dia do crime e teve a prisão preventiva decretada após passar por audiência de custódia. Ela foi encaminhada inicialmente à cadeia feminina de Votorantim, sendo transferida uma semana depois para o presídio de Tremembé (SP), onde foi alocada em uma cela isolada das outras presas. Deste então a acusada mantém uma rotina separada das outras detentas.

A medida foi tomada para resguardar a integridade física da acusada, segundo Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), mas a ação não é surpresa já que crimes contra crianças, principalmente os que trazem atos de brutalidade, como ocorreu em São Roque, costumam gerar grande revolta e ameaças por parte das presas.

Segundo as autoridades, a jovem praticou o crime sozinha e inquérito da Policial Civil já foi concluído e entregue ao Ministério Público. A jovem foi denunciada nesta segunda-feira (6) por homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de crueldade, traição, dissimulação, impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver, além de tentativa de homicídio por ter dado uma pedrada no tio e maus-tratos por ter mordido o cachorro da família.


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