06/02/2019 às 11h13min - Atualizada em 07/02/2019 às 00h00min

Polícia Civil realiza operação na região e detêm Diretor de Transportes em Araçariguama

Ação em três cidades da região envolveram 50 policiais

- Foto: Jomar Bellini/TV TEM

O Diretor de Transportes de Araçariguama, Cristiano Dias, foi detido pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (06), em uma das ações da "Operação Tersus", que investiga contratos superfaturados com prefeituras e desvio de verba pública.

Segundo informações obtidas pela nossa reportagem, a investigação encabeçada pela Delegacia Seccional de Sorocaba contou com o apoio da Polícia Civil de Araçariguama e de outras cidades da região, incluindo São Roque, e durante a manhã saiu às ruas para realizar ações em três cidades.

Cristiano Dias foi detido em sua casa após o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Na residência do diretor também foram de apreendidos celulares, notebooks e documentos diversos, além do carro pertencente ao suspeito, que continha diversos documentos.

As autoridades também estiveram no Departamento de Transportes da Prefeitura de Araçariguama, onde foram apreendidos documentos diversos.

A ação da "Operação Tersus" teve como alvo as cidades de Araçariguama, Barueri e Itapevi. Cinquenta policiais civis, coordenados por quatro delegados, estiveram envolvidos na operação que utilizou quinze viaturas para realizar a ação, que culminou na prisão de agentes públicos e empresários, além da apreensão de computadores, documentos, joias e dinheiro, e carros de luxo como Mercedes, Porsche, BMW e Ferrari. Os Veículos foram presos em um condomínio de luxo em Itapevi, e pertenciam ao principal alvo da operação, um empresário conhecido como Magrão, que teria contrato com a prefeitura de Araçariguama, para o fornecimento de veículos para uso público. A outra presa detida foi uma empresária de Alphaville.

As prisões dos suspeitos ocorre em caráter provisório, que se estender por cerca de cinco dias, que podem ser prorrogados por mais cinco, e são frutos de uma investigação que já dura aproximadamente seis meses. A ação das autoridades começou com a descoberta de uma testemunha que indicou as autoridades sobre a existência de um esquema de corrupções envolvendo licitações.

Nas averiguações feitas pelas autoridades, foram encontrados cerca de 15 contratos suspeitos, cada um no valor de aproximadamente dois milhões de reais. Segundo o Delegado da Seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, os contratos eram feitos entre duas ou três empresas do ramo de prestação de serviço de transporte para prefeituras, sendo que o cumprimento dos contratos por parte da contratada era parcial, recebendo por um serviço não entregue em sua totalidade. “O número da frota de veículos que ela cedia a prefeitura, por exemplo, era muito menor do que o contratado. Sendo que ela também não cedia motoristas mesmo sendo paga para tal e o mesmo pode ser dito com relação a gastos com combustível”, afirmou o delegado.

Embora no momento as investigações tenham dado resultados em Araçariguama, as investigações devem se estender a outros municípios do Estado.

Segundo a Prefeitura de Araçariguama, os contratos firmados em Araçariguama na gestão passada, entre os anos de 2009 e 2014, na Gestão do então Ex-Prefeito Roque Normélio Hoffmann. Com relação a situação dos contratos no tocante ao combustível, o governo da cidade afirma que eles ocorrem em duas modalidades.

“É importante também salientar que os veículos locados são divididos contratualmente em dois tipos, os que abastecem pela Empresa e os abastecidos pela Prefeitura, isso posto.

Por exemplo ambulâncias, logicamente que seria impossível se prever em contrato, quanto vai rodar por dia, então, conforme necessidade a Prefeitura abastece. Já um ônibus ou van, com destino certo de ida e volta, logicamente que pode ser locado com combustível pago pela Empresa”, afirma a prefeitura.

Por fim, o governo da cidade determinou a abertura de Sindicância a fim de apurar os fatos na esfera administrativa, visto que o contrato não é desta Gestão e foram investigados pelo Tribunal de Contas de São Paulo, que constatou a época as suas regularidades.

“Por fim deixamos mais uma vez claro que não compactuamos com a corrupção e ilegalidades de nenhuma ordem ou esfera e que respeitamos contratos, bem como apoiamos todas as investigações que se fizerem necessárias”, completa.


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