Funcionários da Mirage Transportes votam por greve em São Roque devido a demissão de funcionário

Funcionários da Mirage Transportes votaram na tarde desta nesta terça-feira (29) pela paralização dos trabalhos na empresa devido a demissão de um companheiro de trabalho. A decisão ocorreu após assembleia realizada pelo Sindicato dos rodoviários de Sorocaba e Região os funcionários da Mirage na Rodoviária de São Roque.

A reportagem do Jornal da Economia esteve no local e acompanhou a reunião promovida pelo sindicato que afirma que a empresa tem realizado demissões excessivas, culminando na demissão de um mecânico nesta terça. De acordo com o sindicato a empresa tinha aproximadamente 115 funcionários em sua chegada a são roque e agora teria pouco mais de 83 e com a decisão do último trabalhador a situação se tornou insustentável.

“Foi demitido mais um hoje, depois dos quatro que já haviam sido demitidos e nós entendíamos porque a empresa também fala sobre as dificuldades que vinha passando, mas até agora não teve um diálogo entre empresa e o sindicato e isso não irá acontecer. A empresa será notificada hoje e se em 72 horas a empresa não readmitir o trabalhador, os companheiros irão cruzar os braços até que uma atitude seja tomada”, afirmou um diretor do sindicato a nossa redação.

A notificação foi entregue a administração da empresa nesta tarde e acusa a empresa de Excesso de Jornada de Trabalho, Praticas de Assédio Moral e Demissão de empregados. 

Deste modo, caso não haja um diálogo entre empresa e sindicato a greve pode ocorrer na sexta-feira, dia 1° de fevereiro. Confira a cobertura do Jornal da Economia feito no local.

Mirage nega irregularidades

Nossa reportagem entrou em contato com a Mirage Transportes sobre o caso. A empresa afirma que já recebeu a notificação sobre a decisão da assembleia, porém nega que tenha cometido qualquer irregularidade para com os profissionais.

Segundo a companhia, desde sua vinda a São Roque, diversas adequações foram realizadas em relação as ações que eram tomadas pela Viação São Roque, empresa antes responsável pelo transporte urbano, como por exemplo no número de horas extras que teve que ser diminuído. Porém a Mirage alega que suas adequações sempre respeitaram a legalidade da lei trabalhista e a integridade de seus funcionários, que nucan teriam sofrido qualquer tipo de assédio e sempre tiveram canal aberto para conversar com membros da diretoria sobre assuntos referentes ao seu trabalho.

Com relação as demissões, a Mirage afirmou que realmente funcionários que não se adequavam as expectativas da empresa realmente foram dispensados, porém que outros foram admitidos no lugar e se antes a empresa tinha 113 trabalhadores, hoje este número é de aproximadamente 103. Com relação a demissão do mecânico, a empresa afirma que o profissional não atendeu as expectativas e a demissão ocorreu dentro do contrato de experiência do funcionário.

A empresa também afirma que foi prejudicada pois não recebeu um aviso sobre a realização da assembleia, que paralisou o fluxo de ônibus no terminal e assim atrasou o itinerário de ônibus da cidade. 

Finalizando, a empresa afirma que encaminhará a notificação para o seu departamento Jurídico que, dentro do prazo de 72 horas, irá entrar em contato com o sindicato para esclarecer a questão, porém que a empresa tem o direto de realizar suas funções administrativas dentro da Lei e com respeito ao funcionário.

“Acreditamos que o Sindicato tenha a competência de amparar o profissional e propor melhorias para a classe, porém ele não pode intervir no caráter administrativo da empresa”, finaliza a Mirage.