Mairinque ainda não notificou casos de dengue; Vigilância exige precaução

Até a última quarta-feira, 2 de abril, a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Mairinque ainda não notificou nenhum caso de dengue autóctone no município, que é aquela contraída dentro do próprio território. Dos quinze casos notificados até esta quarta-feira no município, três deram positivos para a doença, sendo que os pacientes contraíram a doença em municípios da região. Outros nove casos deram resultado negativo pra dengue e foram descartados.

Ainda restam três casos que ainda aguardam resultados sorológicos. Luiz Carlos Pinheiro, chefe de Divisão da Vigilância Epidemiológica explica que o controle da dengue depende, especialmente, dos cuidados da população para evitar os criadouros do mosquito e proliferação da doença.

“Na nossa cidade os agentes da dengue encontram muitas dificuldades, pois nos deparamos frequentemente com casas fechadas ou com moradores que não autorizam a vistoria na residência. De qualquer forma, continuamos correndo contra o tempo, eliminando criadouros e fazendo visitas de casa em casa”, complementa Pinheiro.

O secretário municipal de Saúde, o médico Antônio Sérgio Ismael, adverte para a explosão de casos da dengue nas cidades de médio e grande porte. “Tudo indica que muitos municípios terão um aumento drástico de casos, por isso é importante que cada um faça sua parte, eliminando os criadouros que, muitas vezes, estão dentro das nossas casas ou nos quintais, nos vasos de planta, caixas d’água destampadas, pneus velhos abandonados ou qualquer recipiente aberto”, ensina o secretário.

Sintomas

Ismael explica que os principais sintomas da dengue são febre alta, dores musculares e nas articulações, dores de cabeça e na região dos olhos, garganta e barriga. Segundo o médico, as pessoas também devem procurar o centro de saúde mais próximo nos sintomas de fraqueza, náuseas, vômito, diarreia e vermelhidão na pele. Ele reforça que a intensidade dos sintomas da dengue pode variar de acordo com idade, que são menos agressivos nas crianças, mas que podem evoluir para uma maior gravidade.

“A população precisa ter ciência de que a dengue é uma doença grave que, em alguns casos, podem levar à morte. Por isso, ao sinal de qualquer suspeita deve-se procurar o centro de saúde e relatar aos profissionais médicos os sintomas, que podem ser confundidos com uma virose normal”, adverte o secretário.