A mudança de comportamento que os brasileiros vêm adquirindo com relação a dinheiro faz com que a poupança não seja mais vista como uma forma de guardar o salário — e, por conseguinte, como uma maneira de multiplicar seu patrimônio.
Mas, ainda assim, existe bastante insegurança para sair da caderneta e aplicar em outros investimentos que sejam tão seguros quanto e mais rentáveis. Afinal, trata-se de um costume de décadas! E, muitas vezes, é difícil mudar esse pensamento tão enraizado.
Por sorte, o acesso a maiores informações ofereceu uma dose de coragem para os brasileiros começarem a investir em outros ativos. Por isso, o Tesouro Direto vem conquistando espaço nas carteiras de ativos! É considerada a aplicação mais parecida com a poupança, mas ainda possui algumas particularidades que fazem dela ainda mais atrativa para todos os tipos de investidores. Mas o que preciso conhecer sobre o Tesouro Direto? Em primeiro lugar, é fundamental entender que o motivo para o Tesouro e a poupança se tem tão parecidos é que ambos fazem parte da renda fixa, uma modalidade de investimento em que, basicamente, é possível saber sua rentabilidade no momento da aplicação, seja por uma porcentagem fixa ou por um índice.
Mas as semelhanças não vão muito mais longe: os rendimentos fixos são diferentes e, por esse motivo, enquanto a caderneta oferece apenas segurança, o Tesouro é uma opção segura e rentável. Reflexo disso é a quantidade de pessoas que, hoje, optam por investir nesse título, cerca de 580 mil brasileiros. O que é o Tesouro Direto? Na prática, trata-se de um título público, ou seja, uma concessão de crédito ao Tesouro Nacional. Funciona como um empréstimo ao Governo que, no vencimento da aplicação, devolve esse valor corrigido; tal correção, com juros compostos, é a rentabilidade do investimento.
Então, independentemente do tipo de título — prefixado, pós-fixado ou híbrido — quando se aplica dinheiro no Tesouro, nada mais é do que uma contribuição para o desenvolvimento do país!
No caso dos investimentos prefixados, em específico, existe uma porcentagem definida no momento da aplicação que será a rentabilidade do título — por exemplo, 10% a.m. —, mas para os investimentos pós-fixados, há sempre um índice-base que determinará os retornos de investimentos — por exemplo, 6% + IPCA — e, por fim, os híbridos mesclam os dois cálculos para criar uma fórmula única de rendimento. Benefícios do Tesouro Direto perante outros investimentos? Via de regra, existem algumas aplicações indicadas apenas para determinado tipo de perfil, como as ações, que exigem um nível de conhecimento maior e mais propensão a riscos, mas também há investimentos-chave que são ideais para todas as pessoas.
Esse tipo de aplicação pode ser útil para equilibrar uma boa carteira de ativos diversificada de perfis agressivos e, assim, evitar que se tenha prejuízo, ou pode ser o investimento principal de perfis mais conservadores, por ter rentabilidade calculável. Esse é o caso do Tesouro direto: além de seguro e rentável, é também bastante versátil, principalmente por não possuir riscos. Maior segurança do país Quando falamos em investimentos seguros, é muito natural pensar que nenhum investimento é livre de riscos — isso é verdade! No entanto, é possível conhecer algumas aplicações que são tão seguras que podem sim ser consideradas de zero risco, como o Tesouro. Por ser um título público, ou seja, atrelado ao Governo, as chances de não receber o valor combinado no vencimento são quase nulas.
Isso porque o Tesouro Nacional sempre cumpre com suas obrigações financeiras. Para que ele deixe de fazer isso, seria necessário decretar falência, isto é, todas as instituições financeiras entrariam em colapso antes! Na pior das hipóteses, ainda é possível que o Tesouro imprima mais dinheiro para pagar seus débitos.
Claro, essa não é uma solução muito inteligente, mas o cenário drástico é bastante útil para que se possa compreender como o risco de crédito é inexistente. Na prática, esses títulos oferecem a maior segurança do mercado financeiro no país. Rentabilidade atrativa Um ponto a se pensar quando se vai decidir onde colocar seu dinheiro, ainda mais considerando sua multiplicação e não necessariamente seu armazenamento, é a relação de riscos e retornos. Para se conseguir aumentar o patrimônio, o natural é aplicar em investimentos mais arriscados, por trazerem maiores compensações.
Mas não é o caso do Tesouro Direto! Ele vem conquistando espaço no mercado justamente por possuir rentabilidade atrativa quando comparado a outros investimentos de renda fixa, mas com a vantagem de ser a aplicação mais segura do Brasil.
Quando equiparamos à poupança, os rendimentos disparam! Ainda mais com a taxa básica de juros, Selic, em queda, a rentabilidade da caderneta está próxima de ser nula; por esse motivo, não é possível considerá-la como um investimento vantajoso.
Se o caso, no entanto, for guardar o dinheiro para uma reserva de emergência, o Tesouro ainda é a opção mais assertiva por possuir liquidez D+1, ou seja, o resgate é feito de forma rápida e sem perder a rentabilidade acumulada.
Esses fatores fazem do Tesouro a aplicação mais querida entre os investidores, de diferentes perfis, com objetivos variados e com diversos níveis de conhecimento. A fama tem fundamento e vale a pena conhecer.