27/05/2018 às 10h00min - Atualizada em 27/05/2018 às 10h00min

Missa celebra memória de morador de São Roque morto durante ação policial

Carlos Eduardo Lofredo foi morto em maio de 2017

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

Familiares e amigos realizaram na noite de quarta-feira (23) uma missa de um ano do falecimento de Carlos Eduardo Lofredo, morto a tiros quando sua van foi alvejada durante uma ação policial ocorrida durante o assalto à caixas eletrônicos da Prefeitura de São Roque, em um trágico evento ocorrido no dia 23 de maio de 2017.

A missa de homenagem foi celebrada pelo Padre Emilson na Rua São Paulo, em frente a Prefeitura de São Roque, local onde o motorista foi morto e contou com muitos familiares e amigos de Carlos, que compareceram ao evento não apenas para homenagear a memória do motorista, mas também como uma forma de manifesto contra a violência e de solidariedade pelas vítimas de ações violentas que ocorrem diariamente em nosso país.

Uma ação que busca também celebrar o morador de São Roque, como uma forma de limpar o seu nome já que, segundo familiares, ele ainda é considerado um suspeito de participação na ação criminosa que explodiu os caixas eletrônicos. A hipótese foi levantada pelas autoridades após depoimentos e também pela estranheza do motorista passar pelo local a altas horas da madrugada, fora do seu horário de atuação.


Posteriormente uma conversa realizada pelo WhatsApp foi divulgada mostrando que o motorista se dirigia até a empresa na qual trabalhava durante aquele horário. Na conversa o supervisor da empresa diz que Carlos iria para São José do Rio Preto e precisaria estar na empresa às 3h. O motorista respondeu através de uma gravação de voz, porém como  ele não apareceu no horário combinado, o encarregado voltou a mandar mensagem, preocupado com o sumiço do companheiro, cujo carro havia sido alvejado por mais de 100 tiros.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o veículo de Carlos foi alvejado porque o motorista não obedeceu ao sinal de parada feito pelos agentes. A conduta dos policiais é investigada pela 7ª Corregedoria Auxiliar, em Sorocaba.

Um ano após o crime cinco pessoas foram indiciadas, porém nenhum policial entre elas. Enquanto isso a morte de Carlos continua sem um culpado e de acordo com sua mulher, o fato do marido ainda ser suspeito atrapalha o processo de recebimentos de direitos, como indenizações e seguro de vida. “O dinheiro é o de menos, pois nenhum valor vai pagar pela vida do Carlos. O que queremos é Justiça, uma retratação e que o nome dele seja limpo de uma vez por todas”, comentou durante a missa.


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