Praticamente três meses já se passaram desde o início do ano e Mairinque continua sem um prefeito eleito nas urnas. A Justiça Eleitoral ainda não decidiu se Antônio Alexandre Gemente, candidato mais votado nas eleições do município, irá assumir a o cargo de governante mairinquense ou se a população voltará as urnas para novas eleições.
Gemente teve sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral de São Roque (responsável por Mairinque), devido à rejeição das contas municipais referentes ao ano de 1992, quando exerceu seu mandato como Prefeito de Mairinque. Na época, ele teria utilizado verbas da educação em atividades carnavalescas e suas as contas foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e pela Câmara de Mairinque em 2008.
Gemente recorreu da decisão e concorreu nas eleições, somando 9.200 votos, contra 8.898 de Rubens Merguizo (Binnho) que buscava a reeleição. “Não disputei a eleição por minha conta e risco e sim porque estava apto a disputá-la”, afirmou em entrevista concedida ao jornal TEM Notícias, ao alegar que apesar de indeferido estava apto a disputar as eleições. Entretanto, como o candidato mais votado estava impugnado, ninguém pode assumir o cargo até que a Justiça Eleitoral avaliasse o caso e decidisse sobre a situação de Genente, que teve o seu recurso negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em outubro de 2016.
Confira a reportagem do jornal TEM Notícias sobre o caso.
O caso seguiu para o Tribunal Superior Eleitora (TSE), que deveria ter julgado o recurso na semana passada, entretanto o julgamento foi adiado devido ao pedido da ministra Luciana Lóssio. O caso deve voltar à pauta nas próximas semanas, porém ainda não existe uma data para o novo julgamento, onde duas decisões são possíveis: Manter-se a impugnação e convocar novas eleições na cidade, ou anular a impugnação e Genete assumir imediatamente o cargo de Prefeito de Mairinque.
Porém enquanto nada é decidido, a política mairinquense permanece em um empasse. Enquanto um novo prefeito não é eleito, o Presidente da Câmara Municipal da cidade, Alexandre Peixinho assumiu interinamente o cargo, porém apesar de dar prosseguimento aos trabalhos do executivo, tudo o que pode ser feito é dar atenção aos serviços essenciais e emergenciais, já que a atual gestão não sabe quando deixará o cargo e assim, não há possibilidade de um planejamento a longo prazo. “Estamos cumprindo as metas do orçamento. Existe um plano de trabalho onde toda semana decidimos o que será feito”, afirmou Peixinho a reportagem do TEM Notícias.
Porém o atraso na decisão inevitavelmente prejudica a cidade, que não conta com um planejamento especifico para o município, que precisa de investimento em diversas áreas e contará com um governante que terá menos tempo para cumprir o seu plano de governo.