21/07/2015 às 14h00min - Atualizada em 21/07/2015 às 14h00min

Número de falsos médicos aumenta e acusada foge para Bolívia

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: G1
Da Redação: Rafael Barbosa -

O número de falsos médicos que vinha atuando na região tem aumentado conforme a Polícia Civil prossegue com as investigações, que até agora identificaram ao menos seis profissionais que atuavam utilizando-se do registro de outros médicos. "Entre eles, um já morreu em questão de um mês, mas vamos investigar os atendimentos e ouvir o verdadeiro médico a qual ele utilizava o registro", afirmou o delegado seccional de Sorocaba Marcelo Carriel, em entrevista ao G1.

Dos médicos descobertos nas investigações, apenas três tiveram as identidades divulgadas pela Polícia Civil; Pablo do Nascimento Mussolim, que utilizava o CRM e o nome do médico Pablo Galvão, Natani Thaisse de Oliveira, que trabalhava com os documentos de Natalia Oliveira e a mulher identificada como Vilca, que utilizava o CRM de Cibele Lemos.

Vilca foi a primeira identificada como falsária, quando abandonou um plantão na cidade de Alumínio e foi descoberta quando as autoridades do hospital pesquisaram suas credenciais para que lhe fosse aplicada uma  penalidade. Segundo o G1, o advogado da mulher entrou em contato com a delegacia responsável pelas investigações na dia 20, informando que a cliente não vai se apresentaria a polícia porque já estava na fronteira do Brasil com a Bolívia.

As investigações sobre o caso continuam. Recentemente as autoridades realizaram diligências nas cidades de São Roque, Alumínio e Mairinque, cumprindo mandados de busca e apreensão de documentos e boletins médicos nas unidades de saúde dos municípios em que os falsos médicos atuaram.  Entre os documentos apreendidos, estavam pelo menos 60 declarações de óbito assinadas pelos falsários. "Essas declarações foram feitas por quatro pessoas que, em tese, não teriam habilitação. Também não se descarta que eles tenham feito a prática médica e o óbito tenha sido declarado por outro profissional. Existe uma semelhança muito grande entre os médicos falsos e aqueles dos quais eles utilizavam o CRM ", explicou a delegada responsável pelo caso, Fernanda Ueda ao G1.

Os médicos verdadeiros, que tiveram seus registros utilizados pelos criminosos já começaram a ser ouvidos pelas autoridades, que ainda não descartam a hipótese de que alguns tenham sido coniventes com o crime.

 


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