27/03/2015 às 10h40min - Atualizada em 27/03/2015 às 10h40min

Marias-Fumaça de São Roque serão leiloadas

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Rafael Barbosa

As duas Marias -Fumaça de São Roque serão leiloadas pela Prefeitura de São Roque, conforme determinação do prefeito Daniel de Oliveira Costa do PMDB. As locomotivas, juntamente com os seus respectivos vagões, foram adquiridos na gestão do Ex-prefeito Efaneu Nolasco Godinho do PSDB na época, como uma tentativa de estabelecer o trem turístico na região, projeto que não foi levado adiante e desde sua aquisição o maquinário está parado na Estação Ferroviária de Mairinque. Segundo informou o prefeito, o leilão deve ocorrer nos próximos 60 dias.

O Prefeito de São Roque, Daniel de Oliveira Costa, esteve presente a estação ferroviária para analisar o maquinário que será vendido, juntamente com alguns vereadores da situação, onde concedeu uma entrevista sobre o processo de leilão. O prefeito afirmou que a decisão pela venda das Marias-Fumaça e dos vagões em um leilão não foi fácil, porém foi tomada pela  falta de avanço no setor do trem turístico, que ocorreu por uma série de fatores. Segundo o governante desde o início do mandato foram feitas diversas tentativas de implantar o trem turístico, entretanto o projeto teria sido iniciado na gestão passada sem as concessões necessárias para a sua realização, o que tornou inviável a sua implantação. “Não entendo como se faz um projeto com um investimento deste, sem ao menos se ter as liberações para que o projeto funcionasse como um todo”, afirma.

Assim, o governo de São Roque preferiu vender o equipamento e o valor arrecadado será investido em outros  equipamentos. “Transformaremos isso em benefícios para a cidade, adquirindo maquinários como equipamentos, caminhões, ônibus e tudo aquilo que pode atender melhor as expectativas dos cidadãos”, completa o governante. A verba obtida na venda do maquinário, não pode ser utilizada livremente e deve ser obrigatoriamente utilizada na compra de bens específicos.

O fator dos gastos em se manter o equipamento parado também influenciaram a decisão e segundo dados da prefeitura, nos últimos dois anos a administração teria pago aproximadamente R$240 mil em despesas com manutenção do maquinário e aluguel do espaço utilizado para guardá-los na Estação Ferroviária de Mairinque.

Entretanto a administração afirmou que ainda tem planos para a implantação de um trem turístico para o município, porém isto deverá ser feito pela iniciativa privada, que traria muito mais agilidade e qualidade a implantação de um projeto deste porte. “Existe interesse de operadoras que trabalham com turismo ferroviário em investir um projeto  em nossa cidade. Eles viriam com todo o investimento e autorizações e ao município somente caberia a autorização para a realização desta parceria público/privada”, afirma o Prefeito Daniel.

A decisão foi tomada em conjunto entre o governo e os legisladores da situação, que também concordam com a venda  dos maquinários. “Esta é mais uma correção de um erro do passado. Uma espécie de acerto de contas de um erro do passado, de um investimento que agora está se depreciando e depredado”, afirmou o vereador Zé Dentista. “Temos aqui um investimento parado e que não vai a lugar nenhum então temos que parabenizar esta iniciativa”, afirmou o vereador Adenilson Correia (Kalunga).

Entretanto a opinião não é compartilhada com alguns dos vereadores de oposição. Segundo o legislador Israel Francisco de Oliveira (o Toco) ó turismo ferroviário deveria ser um investimento do próprio município, ao invés de esperar por um investimento da iniciativa privada.  “Particularmente sou contra a venda destas maquinas. Ele seria um ótimo atrativo para a cidade”, completa.

Um opinião que é compartilhada pelo Vereador Guto Issa, que acredita venda das Marias-Fumaça acaba acarretando um fato negativo para o município, pois representa um projeto para a cidade que fracassou, embora a atual administração não seja a única responsável por isso.  “Faltou um empenho técnico das duas administrações (passada e presente) em resolver o problema. Faltou vontade política. Não acredito que seja uma boa opção vender o maquinário embora não saiba exatamente quanto isso irá render financeiramente para o município”, completa.


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