Recentemente duas empresas foram notificadas pela Prefeitura de São Roque por suspeita de cometerem crime ambiental na região do bairro Maylasky. As duas empresas, com sede em Vargem Grande Paulista e no Bairro Vila Nova, em São Roque, foram flagradas por fiscais da Administração Municipal que notificou a Polícia Ambiental e o Ministério Público sobre o caso.
Segundo a prefeitura, o primeiro caso aconteceu no dia 20 de fevereiro, quando após a denúncia de desmatamento em uma área verde na Estrada Velha, que liga os bairros Gabriel Piza e Maylasky, fiscais da prefeitura se dirigiram ao local para averiguar o fato. Ao chegarem à região, os funcionários viram que homens portando serras elétricas e operando um maquinário para auxiliar o corte já haviam derrubado centenas de arvores.
Ao abordarem os suspeitos, os mesmos afirmaram que estavam realizando uma limpeza no local e que as arvores seriam vendidas. Ao checarem a informação, os fiscais descobriram que não havia nenhum pedido ou protocolo relacionado à derrubada de árvores na área. Diante dos fatos, os funcionários da prefeitura suspenderam a ação e notificaram os órgãos competentes.
Um levantamento ainda está sendo feito pela Prefeitura para saber ao certo o nível do impacto ambiental ocorrido no local, cujo desmatamento chocou a população da região. “É assustador ver a quantidade de árvores que foram derrubadas. E o pior, nem sei o porque. Se é que essa devastação tem algum motivo. Já disse aqui e repito, estão acabando com São Roque”, afirmou a moradora Aline Mota, em um depoimento na rede social Facebook.
O segundo caso ocorreu no dia 03 de março, quando um caminhão foi flagrado pelo departamento de Meio Ambiente do município jogando entulho em uma nascente localizada no bairro Maylasky, próximo à obra de um novo campo de futebol no bairro. Ao se dar conta da infração, o motorista do caminhão foi abordado pelo Diretor de Meio Ambiente, que fotografou o veículo. A Guarda Civil Municipal foi chamada para elaborar um Boletim de Ocorrência e obter informações do condutor do veículo, que afirmou não saber que existia uma nascente no local.
Segundo a administração, análises feitas mostram que a empresa possa ter jogado cerca de 10 toneladas de entulho no local. O lixo é composto de plásticos, ferros e restos de materiais de construção. A Prefeitura notificou a o motorista que deve retirar todo o material despejado.
No caso de reincidência em infração por danos contra a natureza, a multa estipulada é de R$ 16.500,00.