Alagamentos agravam situação da Avenida Marginal de São Roque

Os alagamentos ocorridos em São Roque devido as chuvas de domingo e segunda-feira (12) agravaram a situação já precária da Avenida Antonino Dias Bastos, via marginal do município. O trecho final da via foi destruído com as chuvas de março deste ano,  e agora  a situação da avenida  ficou num estado ainda mais delicado, de acordo com órgãos da Prefeitura de São Roque.

Segundo o Diretor de Planejamento e Meio Ambiente Sérgio de Angelis, as águas devem ter levado muito da terra localizada no trecho que já encontra-se destruído da marginal, que necessitaria de uma ação imediata de contenção. “O certo seria colocar uma grande quantidade do chamado rachão, que são aquelas pedras utilizadas em obras, para conter a situação, porém não existe verba para realizarmos isso neste momento”, afirma o profissional.

O Diretor de Planejamento afirma que o problema atual da marginal é fruto de um processo antigo. São Roque foi construída praticamente em volta dos seus rios e nos 20 anos, praticamente todos os bairros foram asfaltados e as águas foram direcionadas para os rios que já não suportam a vazão na forma que foram construídos.

Assim, não é de se estranhar que os rios fiquem perigosamente cheios ou transbordem quando a cidade é atingida por uma chuva desproporcional e a solução para este problema é uma resposta que poucos ouvidos estão preparados para ouvir. “A única solução que vejo para este problema é alargar as bordas do rio, o que é uma tarefa difícil, complexa e muito dispendiosa”, afirma Sérgio. Na verdade o projeto que foi feito para reformar a área destruída da marginal já comportava este alargamento do córrego, com a diminuição das calçadas, entretanto embora a medida ajudasse, o necessário seria realizar esta obra por toda a extensão da marginal.

As obras da área reconstruída da Marginal ficará para a próxima gestão, embora o atual governo afirme que faltam apenas algumas documentações para a liberação de uma verba Federal que será destinada a marginal. A futura gestão também já afirmou que busca recursos para esta obra tão importante, entretanto o processo licitatório não é rápido e a obra de reconstrução do trecho destruído deve durar em torno de seis meses, o que faz com que, na melhor das hipóteses, somente vejamos a marginal pronta após a metade de 2017. “Não existe uma solução fácil ou rápida para o problema”, completa o diretor.

Outro ponto delicado e que foi agravado com os alagamentos está no trecho próximo ao antigo posto de saúde de São Roque, na região do Supermercado Leve. As paredes de contenção do rio apresentaram uma trinca na parede sobre a saída de uma tubulação de esgoto com os alagamentos de março deste ano e com o enorme volume de água ocasionado nas últimas chuvas, a fissura se transformou em uma rachadura que poderia comprometer a integridade da via.

A prefeitura monitora dois trechos da via que apresentam afundamento parcial: um em frente ao Shopping São Roque (sentido bairro) e outro em frente ao Pátio Corina (ao lado de uma faixa de pedestre, também no sentido bairro).

Tanto o trecho com a rachadura quanto a área final da marginal foram interditados logo após a chuva, mas até o fechamento desta edição, já haviam sido liberados e apesar do trabalho realizado pelos profissionais da Defesa Civil e outros órgãos da prefeitura, fica a pergunta: Estas áreas estão realmente seguras para tráfego de veículos?

Porém outra pergunta igualmente importante deve ser feita, visto que fazem mais de seis meses desde a destruição parcial da Antonino Dias Bastos e entramos agora na época de chuvas. A avenida marginal de São Roque suportaria outra série de alagamentos durante este período de chuva?

É bom lembrar que toda a Avenida Antonino Dias Bastos necessita de uma completa recuperação e falta dinheiro para isso, porém os riscos são enormes de possíveis desastres futuros.

Na região do supermercado Leve por exemplo, existem rachaduras nas laterais do paredão do rio temos o viaduto Abel de Almeida Filho que pode se tornar também um grande risco, caso tenhamos novas enchentes.

O futuro governo do prefeito eleito Claudio Góes terá que enfrentar esse sério problema logo no início do mandato, dentre tantos outros que todos nós já conhecemos.