16/12/2016 às 13h42min - Atualizada em 16/12/2016 às 13h42min

Chuva alaga São Roque novamente

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto:
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto:

Uma nova onda de alagamentos atingiu São Roque com as chuvas ocorridas entre domingo (11) e madrugada de segunda-feira (12). Segundo a administração pública do município, a quantidade de chuva que caiu na cidade atingiu a marca de 100 milímetros, metade do valor previsto para o mês inteiro.

A chuva atingiu todo o município e com o grande volume de água rios transbordaram pela cidade causando alagamentos  estragos e pelo menos 12 bairros da região, sendo que os pontos mais afetados foram os bairros Taboão, Gabriel Piza, Guaçu, São João Velho, São João Novo, Goianã, onde ocorreram  diversos pontos de alagamento. A região do bairro do Guaçu, que sofre a tempos com inundações teve novamente  grandes danos quando o rio que corta a região se transformou em uma grande correnteza que destruiu tudo em seu caminho.

Alagamento ocorrido no bairro Guaçu

Apesar dos estragos, de acordo com a Defesa Civil de São Roque a situação não foi tão grave quanto as chuvas que atingiram o município em março deste ano e que causaram diversos danos a cidade. “Na época nós tivemos um índice de aproximadamente 160 milímetros de chuva em apenas quatro horas, um valor absurdo pois normalmente trabalhamos com a média de 20 milímetros dia. Agora em um período de 24 horas nós tivemos uma média de 100 milímetros de água, o que é realmente muito, mas este valor foi diluído durante todo o dia e assim, o dano foi menor”, afirmou Paulo Ricardo Silva o Diretor da Defesa Civil de São Roque.

Apesar da menor gravidade os danos atingiram dezenas de famílias, que tiveram seus pertences destruídos quando a água invadiu suas casas. Nossa redação pode visitar algumas destas residências e os moradores nos contam o desespero das famílias no momento em que a água invadiu suas casas. “Estávamos dormindo, quando por volta da uma hora da madrugada escutamos o vizinho gritando que o rio tinha transbordado e, a partir daí, não demorou e a água já invadiu a casa”, afirmou Nilton Rabelo, morador da Avenida Euclides de Arruda, que fica ao lado do rio que corta a Avenida Bernardino de Lucca, na região do Guaçu.

Nilton teve danos em móveis de sua residência, entretanto muitas pessoas perderam todos os seus pertences quando suas casas foram inundadas. Com as chuvas, membros dasEquipes da Defesa Civil, Bem-Estar Social, Fundo Social de Solidariedade e Departamento de Obras, seguem intensamente percorrendo as regiões atingidas auxiliando a população. O Corpo de bombeiros também esteve em atividade constante e precisou realizar cerca de 17 ações resgates de pessoas que se encontravam ilhadas durante os alagamentos. Ao todo 150 pessoas receberam o amparo das autoridades municipais.

Desabrigados e casas em risco

Moradores desabrigados foram deslocados para o Ginásio Municipal (Foto: Rafael Barbosa)

Ao todo 13 pessoas pertencentes a uma mesma família precisaram ser retiradas de suas residências por riscos de desabamento e enquanto 11 delas foram deslocadas ao Ginásio Municipal, duas se refugiaram nas casas de parentes. “Pudemos recolher apenas alguns pertences antes de sair e no momento não podemos nem mesmo voltar as casas para retirar nossas coisas com o risco de desabamentos. Temos recebido doações mas não temos perspectiva sobre o que irá acontecer ou para onde iremos”, afirmou a trabalhadora autônoma Ângela Maria Correia.

O ginásio pode oferecer um abrigo provisório, entretanto como já foi noticiado recentemente pelo JE, o local já viu dias melhores e traz uma série de problemas de manutenção que pode colocar em risco a segurança das famílias abrigadas no local, que não conta nem mesmo com tranca em suas portas.

Porém infelizmente não houve alternativa se não retirar as pessoas das casas por conta do risco e apesar de outras residências também oferecerem riscos aos munícipes, algumas famílias se recusaram a deixar suas casas, o que tem gerado muitos problemas para a Defesa Civil e o Bem Estar Social.  “É importante que a população entenda que apenas tomamos a decisão de realizar a interdição de uma moradia, após a avaliação técnica de profissionais treinados, como engenheiros. Nossa única intenção é a preservação da vida das pessoas”, afirmou Paulo.

Instituições e empresas também foram afetadas pela questão. A creche  CMEI Adelina Mischiatti Caparelli, localizada no distrito de Mailasqui, ficou cheia de barro quando o rio que se encontra na região transbordou e as águas invadiram a CMEI, fazendo com que a instituição tivesse que cancelar suas atividades na segunda-feira (12). “Não pudemos receber as crianças, pois a água invadiu o local e o chão ficou cheio de barro”, afirmou uma das funcionárias da instituição.

CMEI Adelina Mischiatti Caparelli após as chuvas de domingo 

Os próprios funcionários realizaram um mutirão para a limpeza da escola que teve suas atividades reiniciadas nesta terça-feira (13).Um mercado da região central, teve o seu estacionamento completamente com as chuvas, transformando-se em um “piscinão” que absorveu as águas do rio que transbordou na região.

Entretanto, apesar da destruição e dos inconvenientes não foi registrada nenhuma morte em decorrência das chuvas e alagamentos.


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