22/10/2013 às 11h30min - Atualizada em 22/10/2013 às 11h30min

Deputado Protógenes Queiroz veio a São Roque acompanhar o caso 'Instituto Royal'

Ouça, na íntegra, a entrevista realizada pelo Jornal da Economia com o deputado, falando sobre o assunto

Com o objetivo de complementar o trabalho da câmara dos deputados em acompanhar e fiscalizar o caso polêmico de São Roque sobre o Instituto Royal, o deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B) veio até a cidade para inspecionar o estabelecimento e ficar a par das investigações juntamente à delegacia.

“Eu fui designado pelo presidente da câmara dos deputados, Henrique Eduardo Alves, através de um telefonema no domingo, após ele tomar conhecimento de fatos graves que aconteceram em três dias sucessivos aqui em São Roque”, explicou o deputado se referindo aos manifestos contra o Instituto Royal, empresa acusada pelos manifestantes de maus-tratos em cães durante testes científicos.

O deputado esteve na delegacia de São Roque para conversar com o delegado Dr. Marcelo Pontes na tarde da última segunda-feira, dia 21, a fim de fazer um levantamento prévio das ocorrências durante os protestos do fim de semana contra o instituto farmacêutico. O Jornal da Economia se fez presente durante a visita de Protógenes Queiroz e conversou com o deputado sobre o caso.

Durante a entrevista, Protógenes citou sobre os dois rapazes que foram presos durante os manifestos, ressaltando que ambos não são da cidade de São Roque. “Eram dois estudantes, Rafael e Vinícius, que não eram daqui, e sim, da periferia de Osasco”, disse o deputado. Protógenes também falou sobre uma inspeção no Instituto Royal, feita por ele no domingo (20), dia seguinte ao manifesto, onde o deputado, acompanhado por um representante da vigilância sanitária e por policiais militares puderam conhecer todos os espaços da empresa. “Compete a nós a fiscalização e controle, uma vez que o instituto recebeu recurso federal”.

O deputado ainda disse que voltaria ao Instituto Royal na tarde da segunda-feira para receber um parecer prévio dos responsáveis pela empresa. Porém, a diretora técnica do instituto, Silvia Ortiz, entrou em contato por telefone com o deputado Protógenes e passou todos os documentos necessários com a apreciação dos responsáveis pelo local. “Ela me forneceu todos os dados e o acesso a qualquer tipo de documentação ou atividade do Instituto Royal, enquanto instituto de pesquisa. Documentos, por exemplo, referente aos custos do projeto, ao tempo que a empresa está instalada na cidade, a construção do prédio, enfim, vários documentos complementares que ela disponibilizou, mas ainda não foram enviados efetivamente”, disse o deputado.

Quando perguntado pela equipe do Jornal da Economia se, através da inspeção feita e das investigações prévias, é cedo para afirmar que o Instituto Royal maltratava dos cães durante testes científicos, Protógenes disse que só a justiça pode responder, mas que o local, tendo em vista o estado onde os animais estavam, oferece uma suspeita muito grande. “O local tem muitas fezes de animais e muita urina, indícios de que aqueles animais era subjugados ali e que aquela atividade de pesquisa é um pouco suspeita. Mas prefiro não antecipar esta afirmação”, explica Protógenes.

Ele também foi perguntado se a lei federal que permite testes farmacêuticos em animais pode ser mudada devido a esta polêmica gerada em São Roque, com o Instituto Royal. Protógenes explicou que a tendência é termos uma nova política referente a testes científicos para que não haja mais testes em animais, tendo em vista que há uma contradição muito grande com a constituição brasileira, já que em um artigo fala sobre a proibição de maltratar animais. “Como uma norma infraconstitucional vai permitir o uso de animais em pesquisas para testar remédios e cosméticos a serem usados por seres humanos, sendo que os mesmos serão, evidentemente, maltratados?”, indaga o deputado.

O ministério público agora fechou o Instituto Royal por trinta dias, por recomendação da perícia técnica da polícia civil, para que as investigações ocorram.

Confira abaixo, na íntegra, a entrevista feita com o Deputado Federal Protógenes Queiroz sobre a polêmica e a repercussão do caso Instituto Royal.


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