06/04/2016 às 11h13min - Atualizada em 06/04/2016 às 11h13min

Representantes da Prefeitura não vão a Câmara para falar sobre reposição salarial dos servidores públicos

Representantes dos departamentos financeiro, administrativo, jurídico e de RH da prefeitura foram convidados a prestarem esclarecimentos sobre o assunto

Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Arquivo JE
Da Redação: Rafael Barbosa - Foto: Arquivo JE

Nenhum dos representantes da Prefeitura de São Roque convocados pela Câmara dos Vereadores compareceu à Casa de Leis para a Sessão Extraordinária realizada hoje (06), às 16h30, e que buscava esclarecimentos de representantes da prefeitura sobre a reposição salarial dos Servidores Públicos Municipais no exercício de 2016. Foram convidados para prestar depoimentos o Diretor do Departamento de Administração da Prefeitura de São Roque, José Deodato de Oliveira, bem como a Diretora do Departamento de Finanças do Governo Municipal, Ronise Helena Sanchez de Oliveira, o Assessor Jurídico da Prefeitura, Ricardo Perez Santângelo e a Chefe do Setor de Recursos Humanos, Estela Cristina Parra.

Segundo informações da Câmara Municipal a intenção era obter esclarecimentos sobre a situação da reposição salarial dos servidores e debater possíveis soluções para a questão. Também foi pedido que os convocados apresentassem uma extensa série de documentos a Casa de Leis, como a relação detalhada de todos os contratos firmados pelo Poder Executivo onde estivesse especificado objetos e valores pagos mensalmente. Entretanto com a falta de todos os convidados, a sessão não pode ser realizada.

“Isso demonstra a dificuldades que eles (a prefeitura) têm em nos mostrar sua situação”, afirmou o Vereador Etelvino autor da resolução que culminou na Sessão Extraordinária.

A ausência dos representantes da Prefeitura revoltou os funcionários públicos presentes no encontro, como foi o caso da Diretora da Escola Barão de Piratininga, Magda Cristina Fulan Bellini que criticou a forma como os funcionários públicos e principalmente os servidores do setor de educação tem sido tratados nos últimos anos. “O que estamos vivendo agora em São Roque nós nunca vivemos”, afirmou.

O Jornal da Economia questionou a Prefeitura de São Roque sobre o porquê da ausência de seus representantes durante a Sessão Extraordinária e, neste momento, aguarda uma resposta.

Reajuste ao salário mínimo

A sessão, caso tivesse sido realizada, chegaria em um momento propício, já que a câmara já havia adiado por unanimidade, durante Sessão Extraordinária realizada no dia 04, um Projeto de Lei que reajusta os salários dos servidores municipais níveis I e II, readequando-os ao salário mínimo (é R$ 880). Hoje, o servidor de nível I ganha R$ 823,20 e o nível II R$ 872,36.

Segundo os vereadores, o projeto foi adiado por ter sido apresentado no momento em que os funcionários municipais estão em greve em busca de sua reposição salarial e por dúvidas referentes à integridade do projeto com relação à Lei Eleitoral, que não permite aumento salarial seis meses antes das eleições, que serão realizadas em outubro. Para mais informações sobre o caso, acesse o blog do Vander Luiz.

 “Como eu explico isso para os outros funcionários que estão pleiteando a reposição de 10.67% (segundo a inflação). Fica muito difícil. Adiamos o projeto para ver se algum membro do executivo pode nos explicar esta situação. Espero que a explicação seja rápida e plausível”, afirmou o Vereador Donizete P. A. Moraes ao jornalista Vander Luiz, na época em que o projeto foi adiado. 


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