O candidato governista Daniel Scioli, da Frente para a Vitória, reconheceu a derrota para Mauricio Macri, oposicionista da Aliança Cambiemos, no segundo turno das eleições presidenciais na noite de domingo, 22. Em uma declaração pública, Scioli disse que saúda com todo seu afeto, “o povo que com a vontade elegeu um novo presidente”: Mauricio Macri.
Às 23h10 deste domingo, 84,95% das urnas haviam sido apuradas. Macri teve 52,57% dos votos válidos e Scioli 47,43%. Segundo a Justiça Eleitoral Argentina, o segundo turno argentino teve 1,20% de votos em branco, 1,29% de votos nulos e 0,05% de votos impugnados.
A vitória de Macri representa o fim de 12 anos de governo kircherista.
De camisa azul, calça bege e sem paletó e gravata, Macri discursou e dançou, como costuma fazer ao final de cada ato político. "Quero agradecer aos argentinos que saem todos os dias para trabalhar, que acreditam no trabalho e não na mania de tirar vantagem", disse.
Macri afirmou que a mudança que a Argentina tem pela frente "não pode ser parada por revanches" e pediu a participação de "todos", inclusive de quem não votou nele, para "encontrar o caminho do desenvolvimento".
"É um dia histórico. Uma mudança de época. Um tempo que não pode deter-se em revanches ou ajustes de contas. Construir uma Argentina com pobreza zero, derrotar o narcotráfico e melhorar a qualidade democrática", afirmou para milhares de simpatizantes, em uma verdadeira festa de comemoração.
Esta é a primeira vitória, desde que se instituiu o voto, em 1916, de um candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical social-democrata, as duas grandes forças populares, em 100 anos de vida política na Argentina.