A falta de energia ocasiona inúmeros problemas aos brasileiros, como a queima de aparelhos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, perda de alimentos que são conservados por congelamento e refrigeração, produtos do comércio estragados pelas mesmas razões, mau funcionamento de empresas e indústrias.
No município de Mairinque, moradores dos bairros rurais Setúbal, Sebandilha e Oriental, sofrem com diversos problemas relacionados à falta de energia elétrica. Os usuários dos serviços da Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) fizeram diversas denúncias ao Jornal da Economia, expondo irregularidades e dificuldades nos serviços prestados pela empresa.
“Quando chove é um terror, aqui na região tem muitas árvores, devido a isso muitos raios caem perto da minha casa e não tem um para-raios para amenizar isso, já perdi uma geladeira, diversos alimentos que estragaram e três televisões queimaram por causa dos raios” comenta Dona Cristina, que é moradora do bairro Setubal.
Outro problema que aflige os moradores dos bairros rurais é a falta de energia elétrica que às vezes perdura por vários dias. “Nós que moramos em bairros mais afastados do centro da cidade sofremos muito quando chove, a energia acaba e demora vários dias para voltar, na última vez que isso aconteceu foi semana passada. Por volta das 13 horas caiu uma chuva pesada e não demorou 10 minutos para que a energia acabasse, ligamos na CPFL e eles informaram que em duas horas a energia iria se reestabelecer. Ficamos três dias sem energia elétrica, quase ficamos com a caixa vazia, pelo fato de usarmos bombas elétricas para puxar a água de uma nascente. tive 12 chamadas protocoladas pela CPFL, e no sistema deles informavam que o serviço já tinha sido concluído” desabafa o agricultor Jeová de Sousa, 58 anos, morador do bairro Oriental.
“Pagamos contas altíssimas para no mínimo ter um serviço de qualidade, por diversas vezes funcionários da empresa CPFL não tiveram a mínima educação, aqui no Sebandilha sofremos muito com o péssimo serviço que nos é oferecido, diversas vezes ficamos dias sem energia, temos muitas dificuldades para tomar banho e para cozinhar”, finaliza Francisca Tavares que é aposentada.
Em nota, a CPFL disse que a distribuidora foi fortemente atingida por temporais que danificaram de forma severa a rede elétrica da região. “Diante destas situações climáticas adversas e atípicas, alguns casos em áreas rurais registraram tempo maior para restabelecimento do serviço, por se tratarem de áreas de difícil acesso ou que exigiram obras complexas para recomposição do sistema”, diz a nota.
A empresa disse que as pessoas que sofreram com a perda de aparelhos domésticos, devido às quedas de energia, serão devidamente ressarcidas. “Para solicitar o ressarcimento, o consumidor deve entrar em contato com a CPFL Paulista através dos canais de relacionamento até 90 dias depois da ocorrência que teria danificado o aparelho. O consumidor deve fornecer uma breve descrição do caso com provável data e horário do ocorrido, informações sobre sua unidade consumidora, relato dos problemas apresentados e detalhes de marca e modelo do aparelho. A empresa terá um prazo de 15 dias, a partir do registro do caso nos canais de relacionamento, para analisar individualmente as solicitações e dar uma resposta aos clientes. Neste período, a empresa verificará, em seus registros, se houve instabilidade na rede de distribuição no período informado”, informa a nota.
Em relação a medidas que a empresa irá tomar sobre as melhorias nas redes elétricas, a CPFL diz que investe sistematicamente na manutenção da rede elétrica. “A CPFL Piratininga investe sistematicamente na manutenção na rede elétrica de sua responsabilidade. No município de Mairinque, a empresa investiu, de janeiro a outubro deste ano, R$ 778.040,00 em reforço da rede elétrica para expansão do sistema, manutenção e melhorias”, finaliza.