26/10/2015 às 10h56min - Atualizada em 26/10/2015 às 10h56min

Eleição presidencial na Argentina terá 2° turno pela primeira vez na história

Da Redação: Alan Vianni - Foto: Reprodução/Internet
Da Redação: Alan Vianni - Foto: Reprodução/Internet

Pela primeira vez na história os argentinos vão eleger o presidente em 2° turno. A eleição presidencial na Argentina terá segundo turno entre o candidato Daniel Scioli que é da base governista e o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri.

Com 95,37% dos votos apurados, Scioli teve 36,66% dos votos, já Mauricio Macri, teve 34,52% do votos. O terceiro candidato mais votado, foi o advogado e deputado, Sergio Massa, ex-chefe de Gabinete, cujos 21,1% de votos serão decisivos para o segundo turno.

Apesar de a campanha argentina estar marcada pela sucessão do kirchnerismo, a pobreza, que ainda atinge 25% da população, a inflação, a criminalidade e a corrupção dominaram o debate eleitoral do primeiro turno. Scioli se apresentou como o sucessor do kirchnerismo. De fato ele é, mas ele buscou dar uma marca pessoal à campanha, salientando o fato de há oito anos governar a Província de Buenos Aires, a mais importante do país, com mais de 16 milhões de habitantes.

Já Mauricio Macri, prefeito da Cidade de Buenos Aires no mesmo período, se define como uma ruptura com o passado e argumenta que todos os seus rivais representam a continuidade. Enfatizava que todo voto que não fosse para ele acabaria sendo de Scioli, por lhe permitir a vitória no primeiro turno. Para Macri, uma eventual presidência de Scioli seria a continuidade do Governo Cristina Kirchner.

Assim, Macri buscou convencer os eleitores da oposição – havia outros aspirantes, como a progressista Margarida Stolbizer, o esquerdista Nicolás do Cano e o peronista Adolfo Rodríguez Saa – de que ele representaria o “voto útil”, e que a atomização da oposição poderia abrir as portas para uma vitória de Scioli. Sua estratégia foi recompensada com a ida a um inédito segundo turno.

 

O país pratica um sistema de eleição presidencial em dois turnos, semelhante ao brasileiro, mas com algumas diferenças. Bastam 45% dos votos válidos (em vez de 50%) para vencer no primeiro turno. Mas o candidato mais votado também evita o segundo turno se obtiver entre 40 e 45%, porém com mais de 10 pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado.

Mais de 32 milhões de argentinos às urnas para escolher o presidente que os governará até 2019, e 79% efetivamente votaram. O voto é obrigatório no país para cidadãos de 18 a 69 anos, e opcional para os de 16, 17 e para os acima de 70. Os argentinos também escolheram 45 deputados do Parlamento do MERCOSUL (Parlasur) e a metade da Câmara dos Deputados.

 


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