15/10/2015 às 13h54min - Atualizada em 15/10/2015 às 13h54min

Peste negra volta a assombrar os EUA

Da Redação: Alan Vianni/UOL - Foto: Reprodução/internet
Da Redação: Alan Vianni/UOL - Foto: Reprodução/internet

A peste negra causou cerca de 50 milhões de mortes na África, Ásia e Europa no século 14. A epidemia matou metade da população europeia. O último surto em Londres foi a Grande Praga de 1665, que matou um quinto dos moradores da cidade. Depois houve uma pandemia na China e Índia no século 19, que ceifou mais de 12 milhões de vidas.

A doença, contudo, não ficou relegada ao porão da história. Ainda é endêmica (mantida sem necessidade de contaminação do exterior) em Madagascar, na República Democrática do Congo e no Peru. E o mais surpreendente é que ela ainda mata pessoas nos EUA.

Até o momento há registros de 15 casos no país em 2015, com quatro mortes. A bactéria responsável pela doença - Yersinia pestis - entrou nos EUA em 1900, por meio de infestados de ratos.

"A praga era bastante presente nos EUA, com epidemias em cidades portuárias da costa oeste. Mas o último surto urbano da praga foi em Los Angeles em 1925. Daí se espalhou por meio de ratos do campo, e assim se entrincheirou em partes do país", afirma Epstein em entrevista ao site UOL.

Se não for tratada, a doença que é transmitida a humanos por pulgas de ratos, tem um índice de mortalidade de 30% a 60%. Antibióticos são efetivos se o diagnóstico for feito rapidamente.

A maioria dos casos ocorre no verão, quando as pessoas passam mais tempo em áreas externas. Essas áreas nos EUA são os Estados do Novo México, Arizona, Califórnia e Colorado, segundo o CDC. Todos os casos de 2015 no país foram registrados nesses estados e em outros lugares.

A única doença humana erradicada até o momento, a varíola, não existe em animais. O mesmo ocorre com a poliomielite, que a OMS trabalha para erradicar, mas ainda são endêmicas em três países, Nigéria, Afeganistão e Paquistão.

A praga foi classificada como uma "arma biológica categoria A", segundo o pesquisador Epstein. Uma média de sete casos por ano é uma coisa, mas o risco de uma guerra biológica, ainda que remoto, é algo bem diferente.

 


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