A reforma do muro lateral da Câmara Municipal de São Roque já está ocorrendo, a um custo de R$ 51.608,89 para a empresa Barioni Projetos e Construções LTDA. O alto valor efetuado para o reparo de parte da estrutura, que caiu em maio deste ano devido a uma forte chuva, chamou a atenção da população que criticou a ação através das redes sociais.
“Bando de irresponsáveis, estão fazendo festa do dinheiro público”, afirmou Pamela Roberta Pedroso através de um comentário postado no Facebook. Diversos outros depoimentos expressados através da rede social também criticaram o preço pago pela reforma do muro e até mesmo vereadores se mostraram contra a ação, como o caso do Vereador Rafael Marreiro, que afirmou que, mesmo que feita através da licitação, o valor é muito alto. Ao ser questionado sobre uma possível saída para a situação, o legislador afirmou que acredita que a Câmara deveria ter cancelado a licitação que contratou a empresa e realizar outra, até que a casa de leis e a empresa vencedora chegassem a um valor apropriado. “Se fosse Presidente da Câmara, se não chegasse em um bom senso de quanto custaria uma obra dessas, que para mim não custa mais de R$10 mil, o muro ia permanecer caído. Não iria construir muro nenhum”, completa.
A crítica do vereador provocou atrito entre ele e o Presidente da Câmara, Flávio Brito, que rebateu o legislador durante sua passagem pela tribuna, ao afirmar que na época em que foi Presidente da Casa de Leis, o vereador teria pago um valor ainda maior em obras realizadas na Câmara. Marreiro se defendeu afirmando que as obras eram mais complexas, envolvendo não apenas construção mais parte hidráulica e que o valor cobrado por metro quadrado foi menor do que o praticado na recente reforma do muro.
De acordo com o Presidente da Câmara de São Roque, Flávio Brito, o custo estipulado para a reforma é realmente elevado, mas foi estipulado seguindo-se a legislatura da Casa de Leis e não se estende apenas aos trabalhos realizados no muro. As reformas devem se estender também a toda a intenção do muro lateral do muro do prédio, impermeabilizando o mesmo para que não ocorram novas infiltrações, e também serão construídos duas caixas de captação, além de trabalhos de reformas que serão realizados na frente do prédio. Os itens estão listados no Box anexado a matéria)
“Sabíamos que as pessoas falariam sobre o valor, por isso tomamos todas as medidas para que o trabalho fosse transparente e sério. Foram enviadas carta convites para nove empresas para que estas apresentassem suas propostas de trabalho e apenas uma apareceu, por isso publicamos o pedido e cinco empresas se interessaram, mas apenas uma apresentou a documentação necessária (a empresa que agora realiza a obra)”, afirmou Flávio.
O chefe da Casa de Leis afirma que deste modo não havia outro meio a não ser contratar a empresa, mesmo que a mesma tivesse pedido o valor maximo estabelecido pela Câmara para realizar o serviço, já que a mesma foi a única a preencher os requisitos da licitação. “Sou contra o valor cobrado pelas empresas para realizarem trabalhos para municípios ou para o Estado, mas não tive opção neste caso a não ser fazer o muro”, completa.
Flávio também afirma que qualquer cidadão pode ir a Câmara para ver o projeto de reforma do muro e analisar os valores cobrados.