26/08/2015 às 09h24min - Atualizada em 26/08/2015 às 09h24min

Metade das crianças brasileiras ainda não foram vacinadas contra a pólio

Texto: Camila Bogaz e Carlos Américo / Agência Saúde - Foto: Reprodução/Internet
Texto: Camila Bogaz e Carlos Américo / Agência Saúde - Foto: Reprodução/Internet

Mais de 6,3 milhões de crianças ainda precisam ser vacinadas contra a paralisia infantil em todo o país. Segundo um balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (25), indica que, até o momento, 6,4 milhões crianças foram imunizadas durante a 36ª Campanha Nacional contra a Poliomielite, que iniciou no dia 15 deste mês. A expectativa é vacinar, pelo menos, 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos, o que representa 95% do público-alvo, formado por 12,7 milhões. Vale destacar que todas as crianças nessa faixa-etária devem ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a pólio. Neste caso, a dose servirá como reforço na proteção.

A campanha não tem perspectiva de prorrogação, portanto é essencial que pais e responsáveis levem as crianças nos postos de vacinação até a próxima segunda-feira (31). O objetivo da campanha, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com estados e municípios, é manter o país livre da pólio, uma vez que o último caso da doença foi registrado em 1989. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Entretanto, como alguns países da África e Ásia ainda apresentam casos da doença, é essencial manter a população vacinada, para garantir que a paralisia permaneça erradicada no Brasil.

“É fundamental que pais e responsáveis levem as crianças para receber a vacina até o dia 31 de agosto, para mantermos a pólio erradicada no Brasil. Até mesmo aquele pai que não possui mais a caderneta de vacinação e não se lembra quando foi a última dose, deve ir a um posto de vacinação. Como a campanha serve como reforço da vacinação, todas as crianças devem ser levadas às unidades de saúde para continuarem protegidas da paralisia infantil”, orienta o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi.

Outras doenças, como sarampo e caxumba, também podem ser evitadas por meio da vacinação ainda na infância. Para isso, este ano o Ministério da Saúde realiza, juntamente com a campanha contra a pólio, ação para atualizar a caderneta de vacinação infantil. A orientação é que pais e responsáveis, quando levarem as crianças para receber a gotinha contra a paralisia, apresentem a caderneta ao profissional de saúde, que irá avaliar a necessidade da administração de outras vacinas. Assim, doses que estiverem em atraso poderão ser aplicadas na hora ou agendadas para outra data, mantendo o esquema vacinal da criança atualizado. Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.

São Roque também participa da campanha, veja como participar através do link.


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