24/05/2013 às 10h17min - Atualizada em 24/05/2013 às 10h17min

Santa Casa descumpre lei municipal

Nesta semana a reportagem do Jornal da Economia recebeu reclamações de que o atendimento da Santa Casa de São Roque está deixando a desejar para a população.

 

Nesta semana a reportagem do Jornal da Economia recebeu reclamações de que o atendimento da Santa Casa de São Roque está deixando a desejar para a população.

O primeiro problema foi relatado por um pai que levou sua filha para ser atendida no Pronto Atendimento do hospital, mas ao chegar ao local foi informado de que não havia um médico pediatra para atender a criança.

O JE entrou em contato com a administração da Santa Casa e com o diretor do hospital, Júlio Mariano e questionou sobre a reclamação. Por meio de nota o hospital afirma que “o contrato prevê a presença de dois pediatras durante o dia e um pediatra a noite, diariamente. Estamos realizando cerca de 200 partos mensais e às vezes se torna necessária a presença dos dois médicos na maternidade ao mesmo tempo. Mas se caso surgir algum atendimento de urgência/emergência o atendimento será sem duvida priorizado”. O pai da menina se declarou inconformado com a situação, pois paga um convênio médico particular. “Imagina então o cidadão que não tem convênio como é atendido?” Questionou o pai. Sobre o assunto o hospital declara: “O que muita gente que possui os convênios não entende é que o nosso atendimento para os conveniados é para os casos de urgência/emergência. Ou seja, se você tiver um caso de filho com garganta inflamada, tosse, deve se levar está criança a um consultório médico conveniado e não na Santa Casa. Mas nós entendemos as dificuldades destas pessoas, principalmente dependendo do horário da necessidade do atendimento e independente nós atendemos”. De acordo com a nota enviada ao JE a  criança foi atendida após 40 minutos de espera, o que é considerado um tempo de espera bem abaixo dos praticados pelos melhores hospitais de nosso país.

Uma segunda reclamação vem de um homem, que preferiu não se identificar, e que não lhe foi permitido que acompanhasse sua esposa durante o atendimento médico. Além disso, ele ainda relatou à reportagem do Jornal da Economia que vários funcionários do hospital não se utilizavam de crachás de identificação. Isso diz respeito ao descumprimento da lei municipal 2874, que prevê que todo paciente que receba atendimento médico tenha direito a receber um acompanhante consigo. O texto datado de 27 de setembro de 2004 ainda obriga todos os funcionários de saúde a usarem crachás com a identificação do e cargo.

A Santa Casa declara que sua “estrutura do Pronto Atendimento não comporta [que todo paciente receba um acompanhante]. Hoje estamos atendendo em média 380 pessoas por dia imaginem este volume de pessoas multiplicado por dois, seria humanamente impossível atender no espaço disponível, vindo a comprometer o atendimento. Porém para as crianças, idosos ou pacientes que estejam passando mal, nós exigimos que estejam acompanhadas”.

Segundo o presidente do legislativo, vereador Rodrigo Nunes, “A lei existe para ser cumprida. Entrei em contato com a Administração da Santa Casa e fui informado que os problemas estão sendo sanados. No entanto, nos próximos dias, vou me reunir com os administradores para debater soluções. Os Vereadores da Câmara Municipal estão sempre atentos a fiscalização do serviço público de saúde, buscando as providências cabíveis para que a população tenha um atendimento de qualidade", declara. 


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